segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal


Natal. Confesso que o meu espírito natalício não está muito alto, mas sou muito grata por esta quadra. E sou ainda mais grata pelo acontecimento que deu origem à sua celebração anual. Uns acreditarão, outros não, são opiniões e crenças que devem ser respeitadas. Falando por mim (a única pessoa a quem posso realmente tomar a palavra e "descodificar" sentimentos - quando estes me permitem serem descodificados -), eu acredito no Pai Celestial e no Seu Filho Unigénito, Jesus Cristo. No amor que têm por cada um de nós. Acredito também no Espírito Santo que nos pode testificar da verdade, se realmente tivermos fé, um coração sincero e real intenção. Dificuldades, provações, todos temos e, como poderemos não ser gratos por isso? É conhecendo a tristeza que podemos conhecer também a alegria. É conhecendo a dor que podemos dar valor à força que temos, em individual e em união.
Que possamos lembrar-nos do que é realmente o Natal: a celebração do nascimento de Jesus Cristo, o nosso Salvador, que expiou pelos nossos pecados. Que sofreu mais do que qualquer outra pessoa no mundo, dando uma prova infinita do seu grande amor.
Eu não sei ao que cada um de vocês realmente se agarra para viver e celebrar o Natal, mas hoje, o que me faz realmente ter um Natal feliz é lembrar-me disto. E tomar Jesus Cristo como um exemplo, pensando "O que faria Ele se estivesse no meu lugar?". "As famílias poderão ser eternas", vamos fortalecê-las em cada dia. :)

Um Feliz e Santo Natal,
Com amor.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Daily Inspiration

Oh, meu filho, não sejamos
negligentes por ser fácil o caminho,
pois isso sucedeu com nossos pais; porque assim
lhes foi preparado, para que, se olhassem,
pudessem viver; e a mesma coisa
se dá connosco. O caminho está preparado
e, se olharmos, poderemos viver para sempre.

E agora, meu filho, não deixes de cuidar
destas coisas sagradas.
Sim, não deixes de confiar em Deus
para que vivas.
Dirige-te a esse povo e proclama a palavra
e sê moderado.
Adeus, meu filho.

Alma 37:46-47

Um Feliz e Santo Natal para todos! :)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Projeto Criativo baseado num poema de Ricardo Reis

A maioria das obras que leio inspiram-me a criar algo. Logo, este projeto foi baseado no poema de Ricardo Reis Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio, de acordo com o que imaginei quando o li:


Estou à beira do rio e gosto de senti-lo correr. Espero por ela, numa ânsia que de tão real, me faz estar calmo. Seria correto deixar que os meus sentimentos tão fortes a tornassem frágil? Não. Frágil. – penso. Que parvoíce pensar que algum dia ela pudesse parecer-se comigo nesse aspeto. Vejo-a chegar. E mais do que isso, sinto-a chegar naquela pose doce e segura de si mesma. De quem sabe para o que vem, de quem sabe para onde quer ir. Olhamos um para o outro. Sinto-lhe o cheiro. E que cheiro! Nem a viagem consegue cansar-lhe a formusura e delicadeza. 

Ambos sabemos que tudo aquilo não demorará mais do que um momento. Damos as mãos. O tempo passa demasiado rápido. A vida passa demasiado rápido. No entanto e, por ironia do destino, tudo isso muda quando não estamos juntos. Pelo menos nas mentes que se conhecem como uma. É injusto. Mas a vida é assim mesmo, feita de injustiças traçadas pelo Fado inquebrável do amor e do viver. 

Olhamos um para o outro. Crescemos e desenlaçamos as mãos. Uma das coisas mais difíceis e ainda assim mais necessárias que já fiz em toda a minha vida. Nossa vida. Porque, sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz ou invejas que nos observam às escondidas, amamo-nos tranquilamente. Pensando em tudo o que queríamos ter feito e não pudemos. 

Denoto-lhe um brilho nos olhos. Serão lágrimas, Lídia? Ou será o reflexo daquilo que a minha alma não esconde?



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lição de mim para mim


Quer pouco: terás tudo.
Quer nada: serás livre.
O mesmo amor que tenham
Por nós, quer-nos, oprime-nos.
Ricardo Reis,  um dos heterónimos de Fernando Pessoa

A vitória provém da humildade. O amor provém da humildade, do saber querer pouco e dar o melhor de nós. Dar o melhor de nós, sabendo que será sempre pouco, mas que o pouco é tudo, se for o máximo que tivermos para dar. O querer nada é discernimento. Discernimento para saber que ao querer nada, somos livres, pois não temos que viver agarrados aquilo que desejamos. E aí poderemos sair e seguir o que ou quem amamos. A liberdade é o discernimento para não oprimir quem vamos amar, pois quem aperta a areia na palma da mão, vê tudo escorregar-lhe por entre os dedos.



domingo, 25 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Hapiness formula

Citando um amigo, [Descrição melodramática sobre amor não correspondido].

Aqui poderiam estar mil e uma palavras (ou menos, ou mais) sobre as saudades que batem no coração de todas as pessoas que queriam estar com alguém que amam.
Umas são separadas pela distância, outras pela falta de amor, pelo orgulho, pela dor. Ainda há aquelas que são separadas pela própria natureza de viver e morrer e as que simplesmente não têm outra escolha senão seguir em frente. 
Entre esses últimos, uns fá-lo-ão por caráter pessoal, outros em consequência do caráter pessoal dessas mesmas pessoas. E cada um tem a sua filosofia de vida, a sua forma de encarar os acontecimentos. Nenhum de nós deve julgar ou ser julgado. 
Mas o que é facto é que todos sentimos saudades de algo ou alguém, mesmo que já tenham passado anos, depois do grande sentimento desaparecer. No final e, de acordo com a minha forma de ver as coisas, a vida será sempre demasiado curta. Há que descobrir a nossa própria e única fórmula da felicidade e viver de acordo com ela.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Vamos? :D


Este é o convite que a Associação Cultural Burra de Milho e a Direção Regional da Juventude têm o prazer de vos fazer!


O LABJOVEM é um projeto que visa incentivar e promover jovens criadores das diferentes áreas artísticas, servindo de plataforma a uma nova geração de artistas açorianos. As áreas contempladas nesta 3ª edição (2011) foram: Arquitetura, Artes Cénicas, Artes Plásticas, Design de Moda, Design Gráfico, Fotografia, Ilustração + Banda Desenhada, Literatura, Música e Vídeo.


É com felicidade e orgulho que afirmo ter sido uma das pessoas a ver os seus projetos selecionados nesta mostra que percorreu as nove ilhas dos Açores, ao longo do ano e confirmo a minha presença neste evento, com uma atuação! É também com felicidade que subscrevo o convite acima feito e vos deixo esta sugestão para o próximo sábado.
Vamos? ;)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pride, always the pride

O orgulho é a tampa das caixas de recordações que em tempos nos fizeram felizes. O não voltar a ouvir aquela música que nos faz lembrar de alguém, o apagar todas mensagens da caixa de entrada sabendo que isso não muda nada. O desligar-se de alguém pelos seus erros, sabendo que está igualmente propenso a errar. O orgulho é a fuga do amor que não melhora nada.
Quantas vezes somos orgulhosos mesmo com aquela enorme vontade de voltar atrás ou refazer algo que poderia mudar tudo? Quantas vezes estão famílias separadas, amores desfeitos, porque nenhum dos envolvidos quer dar o braço a torcer? A meu ver, julgar o erro de alguém de quem gostamos sem fazer nada é dos maiores erros que podemos cometer.

A vida será sempre demasiado curta. E o orgulho faz sofrer. Porquê continuar a tê-lo nas nossas vidas?


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

You, that's all that matters

Estou deitada no escuro. Sabe bem o escuro, o não ver o quarto com clareza. Ouço música mentalmente. Obrigada, música, por seres esta parte tão grande da minha vida, que me afaga a alma. Vêm-me uma data de pensamentos à cabeça e decido registá-los: vou buscar o caderno, a caneta e apodero-me da lanterna do telemóvel que nem Bluetooth tem, mas tem lanterna. O meu sarcasmo a falar. Engraçado. Dou comigo a pensar que só sou sarcástica comigo mesma, é-mo difícil ser para outras pessoas. Talvez porque sinto ser algo não muito bom e porque nunca conhecemos uma pessoa suficientemente bem para antecipar as reações ou feitos dela. Uma pessoa, seja ela quem for, vai sempre acabar por nos surpreender. Pela positiva ou pela negativa.

Vêm-me à mente perguntas. As típicas perguntas. Quem sou eu?; O que faço aqui?; Marcarei eu as pessoas de uma forma positiva?; Estarei eu a fazer algo que é certo, se for contra aquilo com o qual eu concordo?; O amor. Poderá ser razão ou motivo para te afastares de alguém que amas?; O que deverá ser mais importante? O amor próprio ou o amor pelos outros e por aquilo que te rodeia?. Dizem que são as perguntas sem resposta. Eu digo que são o tipo de perguntas que não podes perguntar a ninguém. Ou que, se perguntas, não deves esperar concordar ou tentar viver de acordo com as respostas que te dão sobre elas. São respostas que tu descobres, que tu percebes por ti mesmo. Não podes esperar sentir um click ou algo do género a dizer-te que é assim ou assado. Não. São aquele tipo de respostas que tu percebes quando tens de tomar uma decisão ou agir instantaneamente. Quando ages e não te preocupas, não pensas no que as outras pessoas vão pensar, no que vão dizer, como vão reagir. E isso não é egoísmo. É apenas a tua forma de ver o mundo; o início, o meio e o fim. É como... Preferires ver um filme e seguires a multidão que decide ir para a tourada que ninguém quer perder. Como saberes que amas aquela pessoa pelo que ela é, com todos os seus defeitos, mas ainda assim estares reticente, porque toda a gente te diz que ela não sente o mesmo. Isso é dares atenção, demasiada atenção às respostas que as outras pessoas dão às perguntas para as quais só tu tens a verdadeira resposta. Não para toda a gente do mundo que está à tua volta, mas para ti.

Quantas vezes já deste por ti a pensar em tomas as decisões e atitudes que tomaste e tiveste, com base naquilo que te incutiam? E quantas vezes deste por ti a perceber, a sentir que não era aquilo que terias feito se tivesses agido de acordo contigo mesma, com o que realmente querias, com o que realmente sentias? A minha pergunta e a minha resposta para a minha pessoa: um bocado.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Notícias do Fundo...


Dá notícias do fundo
Como passam teus dias
E se a razão nos chega para viver
Se amor nos serve, amor não dá de comer
Fico melhor assim 
Em todo o caso vai pensando em mim

Se tocamos em alguma coisa
Se me chamas por algum motivo
Se nos podem ver
Se nos podem tocar

Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro

Eu vou estar sempre aqui
Nada vai mudar
Sinto-te arder no meu fundo
Eu vou estar sempre aqui 
Nada vai mudar
Sinto-te entrar no meu mundo fundo

Nós tocamos em algumas coisas
Nós seguimos por alguns sentidos
Se nos podem ver
Nao nos podem tocar

Meu desejo
É morrer na paz do teu beijo
Sem futuro
É lutar por um beijo mais puro.

Como dizer a alguém que amamos e com o qual fomos tão felizes que estamos a sofrer por esta amar outra pessoa? Não sei. Não dá. Como expôr-lhe todas as dúvidas, todas as perguntas que nos percorrem o pensamento, os sentimentos e o corpo, quando sabemos o estado de felicidade atual em que vive? Não sei. Não dá. Como saber quando é o tempo certo? Como saber se algum dia haverá um momento certo? Não sei. Não dá. E enquanto isso vivemos presos a um passado que não volta, mas que de certa forma, nunca desapareceu. 

Não sei. Não dá.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Espelhos

O que é que há detrás de um espelho? Será apenas a parede que suporta o peso daquilo no qual nos revemos? Ou existirão outros seres presos neste pedaço de matéria?
Eu acredito que um espelho esconde muito. Esconde inúmeros seres invisíveis. Esconde seres invisíveis que choram, riem, sorriem, gritam, dançam, cantam. Que não tendo forma de se conhecer totalmente a si próprios, se apoiam na beleza que os outros dizem ou não dizem ver. E por isso, não se conseguem libertar.

Eu acredito que esses seres sejam a reflexão de nós próprios. Somos nós que estamos detrás do espelho. Dentro do espelho. À frente do espelho. Sem confiança ou por vezes, com excesso dela. Com medos e forças absurdas. Somos nós que estamos detrás do espelho, dentro do espelho, à frente do espelho todos os dias a olhar para nós da forma mais natural, mas ainda assim, mais estranha possível. Porque na necessidade predestinada de percebermos quem somos, o espelho é uma forma de encontrarmos a resposta. A resposta que nunca chega. Nunca chegará.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Here

Estou num túnel. Um túnel cujo final é incerto em relação ao local de chegada e ao tempo que demorará. Ligado a mim como uma força invisível, talvez me alcance amanhã, no final deste ano, daqui a dez, vinte, cinquenta anos. A única certeza que tenho é de que o final chegará, mesmo que para mim, o percurso nunca tenha sido o suficiente. Neste túnel, corro, amo, caio, afogo-me, levanto-me, sinto, vivo, morro em vida. Ressuscito, torno-me forte, enfraqueço-me a mim e a outros. Acredito em muito e em nada, ultrapassando por vezes o limiar que me leva à dúvida. 

E no mais íntimo de tudo isto, existe uma magia. Um poder. Algo que me envolve e guia na procura da essência do que sou. Do que sempre fui e do que sempre serei. À medida que o túnel se alonga, vou sendo cada vez mais envolvida. Descobrindo e redescobrindo o que me faz vibrar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Um minuto

Volto do supermercado. Durante a viagem, aprecio a paisagem. Não olho, aprecio. E descubro que cada segundo, algo é diferente. O pássaro pousou no fio. Voltou a voar. Puff, foi atropelado. Aquilo dói-me. As pessoas são demasiado cruéis e demasiado bem tratadas pelo simples facto de acharem ser o elo mais forte. Os animais defendem-se quando pensam estar perante o perigo. As pessoas atacam quando detêm o poder. Sem qualquer outra razão.

O que sou eu, realmente? O que faço aqui? O que somos nós, humanos, além de um monte de pele, ossos, músculos, e neurónios? Conseguirei algum dia encontrar alguém como eu? Será que o amor muda mesmo as pessoas? Para melhor? Ou para pior? Demasiadas perguntas. Porque falei eu em amor, de um momento para o outro, de qualquer das formas? Esta era a altura em que esbarrava contra alguém na rua e encontrava o amor verdadeiro, certo? Rio-me. Demasiado conto de fadas. Nada disso vai acontecer na minha vida e, provavelmente, em nenhuma das vossas. Sou estranho, é difícil compreender-me. Um minuto, mil pensamentos diferentes. Cheguei.

(excerto de algo que tenho andado a escrever.) Boa noite!


domingo, 28 de outubro de 2012

One day. Um dia.


One day. Um dia. Essas duas palavrinhas têm feito parte do meu vocabulário ultimamente. Será que também faz parte do vosso? Palavrinhas. Palavrinhas que fazem toda a diferença. 
Sempre me esforcei por seguir em frente por um objetivo. Por dizer o que tinha para dizer. Por abraçar quando queria abraçar, falar quando queria falar, beijar quem amava quando era isso que realmente queria. Substituía o um dia por um agora. Já. Antes que seja demasiado tarde. Mas aí, chegou. Chegou quem? Chegou ele, a pessoa com o qual quis agir com tanto cuidado e mesmo assim não resultou. Eu agia como se a nossa relação fosse uma pista de gelo. Bela e que não poderia ser quebrada, de forma a não magoar nenhum dos dois. Pensava no presente, fazia da palavra calma e sentimento as palavras-chave que não deixariam que a água gelada nos afetasse e separasse. Depois errei. E de um momento para o outro, tudo tinha desaparecido. Acabámos por errar em aspetos diferentes. Agora? O agora desapareceu.
What's stopping you? A mim? Nada. O nada que se apoderou de mim. O não saber nada dele, o não saber nada do que sente, o não saber nada do que ele relembra. O nada que de um momento para o outro invadiu a minha vida. Nada do que era antes, nada do que nos fazia felizes. O nada que termine com o meu medo de errar outra vez.
Acho que o medo de darmos um passo em frente pode estar relacionado com a importância que damos a algo. Se não é  importante, não tens medo de errar. Mas se é...
Fica apenas o One dayUm dia.

sábado, 27 de outubro de 2012

Sincerity

Quando. Onde. Como. Coragem. Luta. Amor. Medo. Esperança. Confusão. Arriscar. Perder. Ganhar. Cair. Levantar. Rastejar. Erguer. Seguir. Conseguir. Orgulho. Estupidez. Saudade. Falta. Carinho. Coração. Cérebro. Raiva. Hurricane. Mais do que palavras, histórias. Mais do que histórias, sentimentos.
It happens to all of us.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ao natural


Tempo. Unidade de medida. Os dias passam, as noites passam e com eles o tempo passa. O “para a semana” torna-se num “hoje” no segundo seguinte. Ontem cometemos os erros e amanhã aprendemos com eles. Não quer dizer que não magoem, porque numa fração de vinte e quatro horas a dor parece ser eterna. Até ao momento em que nada mais resta do que as recordações. Boas ou más, essas, ficarão sempre para nos atormentar. Ou para nos afagar a memória. A certeza que temos é que elas não fogem. Até estas letras preenchem a folha branca como se antes tudo não passasse de pensamentos. O tempo é a unidade de medida das mentiras e das verdades. “A mentira tem perna curta”, ou seja, dura pouco tempo. Ou, por vezes, dura demasiado tempo até voltar para se rir na nossa cara perante a asneira. A verdade é imortal, é um tempo inacabável entre a vida, a morte e a eternidade. Fica para sempre. Na boca de quem a diz e no coração de quem a ouve. Ou no cérebro.
Engraçado. Até no corpo humano existe aquilo a que vulgarmente se chama “ficar com os louros dos outros”. Desde quando é que o coração sente o que é melhor para nós? O nome disso é cérebro. “Insensível.” “Inteligente.” Pensamentos alheios referentes a frases deste género. As questões são: Insensível por dizer a verdade? Ou inteligente por decidir pensar friamente? Poderão ser trocados os termos tendo em conta aquele que passa os olhos por cada uma destas frases, relembrando que somos todos tão diferentes e tão iguais. E não estou a considerar semelhanças fisiológicas. Quando falo em igualdade, refiro-me exatamente àquilo que todos repelam. Ao “sim, faço [sorrisinho]” quando, por dentro, o organismo quer impedir trazendo ao pensamento aquelas ideias feias de “agora sou teu empregado?” ou “pff, ficava tão bem aqui sentado”. Ou aquelas típicas conversas de uma tarde em grupo no qual a expressão “Estamos apenas a comentar” é ouvida vezes sem conta. No dia-a-dia, todos nós somos inevitavelmente demasiado iguais. Medo. Preguiça. Inveja. Vitimização. Tudo parte do vocabulário inaudível ao ouvido humano. Mas muito percetível na mente mundana. O que nos torna diferentes são as histórias. O magoar ou ser magoado. O cair ou deixar cair. O empurrar ou segurar. É a posição que existe em cada narração vivida que cria a disparidade. Entre decidir viver com o cérebro ou com o órgão vital que é ofuscado pela palavra coração.


Acabei de ler o texto. Quaisquer sons eram inaudíveis. Talvez porque estavam presos na mente de cada um, a tentarem ser transformados para que pudessem ser expelidos em forma de críticas. Críticas criadas e dirigidas a mim como resultado da racionalização humana com o objetivo de tornar cada memória mais natural. Para que todas as mentiras, todos os passos dados em falso, todos os pensamentos e sentimentos mais pesados se tornassem leves e não esmagassem a vida perfeita que todos teriam se nada tivesse acontecido.

Finalmente confirmei que o mundo não tinha parado ali, quando ouvi um som. Não, não era a campainha, infelizmente. 3, 2, 1…


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tempo

Tempo. Cada segundo, um pedaço a menos de vida. Menos um sorriso, menos uma palavra, menos uma lágrima, menos uma história. Cada segundo, um pedaço a mais de saudade. Um pedaço a mais de nostalgia. Um pedaço a mais e a menos de amor. O amor que já foi, o amor que é, o amor que está para vir. Por pessoas que partiram, por pessoas que estão, por pessoas que ficaram. Sacos de orgulho, caixas de arrependimento, cartazes de palavras e certezas escritas a lápis, que as atitudes acabaram por apagar. As típicas interrogações inevitáveis. Os momentos de reflexão. Os momentos de raiva, os momentos de medo, os momentos de pânico. Os momentos de felicidade, os momentos de dor, os momentos que de tão inesperados jamais terão explicação. Tudo graças ao tempo. O tempo que nos acompanha tão afincadamente, que tanto nos irrita como nos apaixona.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Viver. Para Nunca Mais Mentir.

Para ver o que está além da vista, do mundo.
Para dar o máximo de mim a cada dia, na tentativa assente de ser eu mesma, da melhor e mais digna forma possível. Lutando pelos meus sonhos.
Para estar onde quero estar, mesmo que o espaço físico assim não mo queira permitir.
Para ter a força para ser a pessoa que a criança da minha infância amaria.
Para ir, para chegar onde a maioria do mundo não consegue.
Pra ouvir a melodia que existe em cada um de nós.
Pra sorrir e entrar na porta que me traz e ajuda a distribuir felicidade.
Para rir, mesmo quando a lágrima cair.
Pra voltar a tentar resolver com humildade o erro cometido
Pra sentir amor, fé, força, esperança, calma, humildade. O som do mar, o vento a acariciar-me. O arrependimento que me leva a perdoar e ser perdoada.
E mudar, quando errar.
Pra voltar a cair, para me levantar.
Para nunca mais tentar mentir
Pra crescer. Para amar. Para ser. O lugar. Pra viver. E gostar. De gostar. De viver. Pra fugir. Pra mostrar. Pra dizer. Pra ter paz. Pra dormir. Pra fingir acordar. Para ser. Derramar. Para nunca mais tentar. Mentir.

Ornatos Violeta 

domingo, 21 de outubro de 2012

O Mágico da Vida

Quem sabe o que o futuro nos reserva? Tudo muda e move-se tão rapidamente que chega a parecer algum tipo de anedota. É como se o futuro brincasse com uma pessoa atrás da outra, como se de uma fila indiana se tratasse. Tudo aparece e desaparece tal como num truque de magia. E nunca sabemos quando é que o mágico vai parar. Eu penso que ele nunca vai parar. Não aqui ou noutro lugar qualquer. Nós vivemos tão agarrados ao passado, tão ansiosos em relação ao futuro. Para quê? No final, é o presente que realmente importa. Se dás aquele beijo, se recebes aquele abraço, se participas naquela troca de olhar a pensar que vai durar para sempre… Um dia, vais olhar para trás e perceber o quanto perdeste. O quanto tens estado a perder.



sábado, 20 de outubro de 2012

Shine On You Crazy Diamond

Shine On You Crazy Diamond”! Quem és tu, que te deixas derrubar por algo ou alguém que não soube conhecer a tua essência e reconhecer o valor que emanas a cada passo que dás? Somos todos sacanas, sementes, pedaços de nada e de tudo que se transformam e adaptam a cada situação vivida. Não há forma ou justificação para o julgamento. Não dá para deixar que as palavras te derrubam ou as ações de outros te parem. “Shine On You Crazy Diamond”! Mais ou cedo ou mais tarde, a tua vida dá uma volta de tantos, vários e diferentes graus e evolui de forma incerta. Sê forte para te aguentares e decidires qual o rumo seguinte a tomar. 

“Só sei que nada sei”. E que nada vou saber, a menos que viva e concretize o que desejo, caindo e levantando. “Shine On You Crazy Diamond”! Não É Impossível.



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Plainness


Mas o amor é algo que é sentido e não é controlado, não importando a distância. Uma relação, um namoro não é realmente necessário, se não se sentirem confortáveis para isso. Se gostam realmente um do outro, não há nada mais bonito do que serem fiéis um ao outro, mesmo não estando juntos. Não por compromisso, não por relação, mas sim por amor. A parte física é necessária, os beijos, os abraços... Claro. Mas e, se por obra do destino, o prazer físico não der para ser completo? Deixarás tu de amar? Não. Uma bela definição de distância que me mostraram na primeira pessoa: "corpos separados, corações unidos".
Eu vivi tudo isto. E é por isso que escrevo. "Vivi." Há alturas em que conjugar verbos no passado dói. E por vezes, conjugar no presente também. "Sinto." Ainda sinto. Mas não mata. 
Que o amor prevaleça nas vossas vidas, queridos e queridas. Que nunca tenham medo de amar, de viver e de se poderem vir a magoar. Que nunca desistam. Vocês serão os corajosos que vão salvar o mundo. 

"Dou os meus parabéns a todos aqueles que ainda tiverem a coragem de se apaixonar e viver o seu amor."




terça-feira, 16 de outubro de 2012

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Na pele de Camões

O título é um bocado... Parvo, visto que alguém jamais conseguirá chegar ao patamar de Camões, mas pronto, foi o que me ocorreu e até faz sentido. Na aula de Literatura Portuguesa, analisámos um poema de Luís de Camões e depois foi-nos pedido que criássemos uma página de diário, como se fôssemos Camões a escrever sobre a poesia em geral e o poema analisado. Este foi o meu resultado...
Poesia. Este tipo de desabafo que me envolve a alma num turbilhão de palavras que se soltam com os meus sentimentos. Pensamentos que se refletem em versos de um poeta que vive lado a lado com o sentir. Que fazer sem ela que ajuda poetas a dar força às palavras e a levá-las onde só os sonhadores podem chegar? Nada. Na poesia não importa se se é pobre ou rico desde que se saiba sentir. Desde que o vento seja mais do que o vento e os sentimentos mais do que para oprimir. Num mundo onde se sobe a enganar, a poesia leva-me onde quero chegar.
Enganar. Enganado estou num presente que me prende ao passado. Um passado que vivi, um passado que me fez cantar manhosamente com confianças que um dia desapareceram. Se esqueceram no mar do infinito mas continuaram vivas na minha memória. Por isso choro. Passado alegre? Quando? Já nem sei. Parece que a sorte me leva a ser enganado até pelo tempo. Mas não culpo ninguém. Deixo-me chorar num mundo onde a mentira reina e tudo mente.


domingo, 14 de outubro de 2012

Grito

Grito. Grito silenciosamente com a grandeza de um lobo. Como se isso tornasse mais forte a minha resistência. Recordações arrastam-me para uma amálgama de sentimentos, cheiros, sabores, temperaturas, texturas que se me escaparam das mãos e da vista. O meu ser arrepia-se e estremece quando se apercebe da realidade da situação, porque no final de contas, toda esta mudança repentina ainda parece uma mentira: ainda sorrio quando me lembro de tudo o que vivemos, ainda te sinto perto, estando tu tão longe. E por isso grito. Grito silenciosamente com esta saudade que a distância não destrói. O que serás tu? O que será isto que me distorce a razão e me leva a querer-te comigo para me curares e salvares desta gruta que apenas conheci por me ter deixado levar por uma época de felicidade que desapareceu, agora que estou sem ti? O que serei eu, mais do que alguém que erra e luta em silêncio por algo que acabou cedo de mais? Será sempre cedo de mais. Cedo de mais para o terminar de algo que me fazia tão bem. Nos fazia tão bem.
Grito. Grito silenciosamente com a grandeza de um lobo. Como se isso tornasse mais forte a minha resistência.



Reflexion

Olho para o céu. Sabe bem estar aqui deitada e saber que ninguém falará comigo a não ser a minha mente. A mente que me leva para locais desconhecidos, pessoas e memórias desejadas ou alcançadas. Ou alcançadas e desejadas. Serei eu a única a desejar aquilo que em tempos alcancei? Coisas que chegaram, fugiram e não mais voltaram. Se bem que tenho também saudades daquilo que não alcancei mas dou muito valor áquilo que chegou aqui devido a isso. A mente leva-me também até ao que não ficou e agradeço muito. Ou ao nada. É tão bom olhar para algo e não ter nada na mente ou no coração que nos afete o corpo. Eu acho. Pelo menos acho que isso é necessário. Não me preocupar com nada. Cada dia é um novo começo. E eu só queria que cada começo fosse cada vez melhor.


sábado, 13 de outubro de 2012

Once Upon a Time...

Era uma história de amor diferente. Era aquela história de amor baseada na amizade. Era aquela história de amor dos "gosto de ti", "te gusto mucho", dos "adoro-te". Era aquela história de amor em que a distância criava saudades, mas não constituía um problema. Enfim, era aquela história de amor em que não era preciso dizer que era amor. Em que dois corações estavam unidos e não era necessário exprimi-lo em palavras. Havia uma atração mútua, um respeito mútuo, uma admiração e uma afeição mútua. Eles sabiam que iam estar lá para se apoiarem um ao outro. Eles eram a paz e a felicidade um do outro e apesar de não saberem por quanto tempo tudo iria durar, preferiam dar valor à intensidade dos sentimentos. Escolhiam não se preocupar com o futuro para aproveitarem ao máximo o presente. Ele era o leãozinho dela e ela a jubinha dele. E isso bastava.

Let your heart beat, let your light flow, believe in you, fly


Let your heart beat, let your light flow, believe in you, fly. 
Quero um dia poder dizer que tudo valeu a pena. Que os choros valeram a pena, que as saudades de um abraço ou de um carinho valeram a pena, que os apertos no estômago e no coração valeram a pena, que os medos valeram a pena, que as provações valeram a pena. Quero um dia poder dizer que me sinto realizada, que me sinto completa, que me sinto bem. Quero um dia poder olhar para trás e perceber a minha evolução. Quero um dia ter alguém que me ame e ver que todos os momentos menos bons foram realmente importantes e valeram a pena. Quero um dia olhar para trás e sorrir ao relembrar aquilo pelo qual passei. Não é fácil acreditar nisto agora, não é fácil acreditar que um dia poderei suspirar de tão tranquila que estiver comigo mesma. Mas eu acredito. E acreditar é um dos primeiros passos para conseguir. Porque cada um recebe o que planta e eu quero plantar o bem na minha vida e na de outras pessoas.



Música

Um dos meus sonhos era conhecer todas as músicas de todos os artistas do Mundo. O que é definitivamente, uma coisa impossível. Por mais investigações que pudesse fazer, por mais dúvidas que conseguisse tirar, iriam sempre aparecer novos artistas, novas músicas em todas as partes do Mundo… Letras, melodias, que só mesmo os seus criadores iriam saber que existem… Eu sei disto e vocês também. Isto é apenas para dizer que a música é arte, é muito mais do que isso, é algo universal para o qual não existe descrição. Pode ser sentida pelos surdos devido às suas vibrações às quais às vezes não damos tanta atenção, mas que, provavelmente alguns deles darão. Pode ser cantada pelos mudos através da linguagem gestual e claro, ouvida e interpretada por todos aqueles que têm a oportunidade de o fazer. A música é Vida! Por qualquer lugar que passamos, ela está lá. Às vezes não reparamos, mas está. No som da Natureza, na voz das pessoas ou até mesmo nos gestos… Cada pessoa tem a melodia dentro de si. O importante, mas por vezes também mais difícil, é descobri-la.



Luta Pelo Que Acreditas! (blog back on-line)

Não falar tanto não quer dizer que tenhas esquecido. Dizer que acabou não quer dizer que não haja um novo começo. Dizer que é um sonho não quer dizer que não o consigas alcançar, se lutares por ele. Agir menos bem não quer dizer que se queira magoar. Tudo isto para dizer que por vezes cometemos erros. Errar é humano! Mas isso não quer dizer que não tenhas a força e a coragem suficiente para remediar! O importante é força, coragem, paciência e muita calma! Porque nem tudo tem de ser como os outros dizem… Ou tão rápido como é esperado que seja. Mas sim como tu julgas que deve ser! Tu fazes o teu próprio caminho com as tuas manchas de sangue, as tuas fortalezas, as tuas flores, as tuas notas musicais! Podes não decidir a forma como cais, mas decides certamente a forma como te levantas! Com vontade de matar tudo e todos e te sentires cansado ou com vontade de ver o mar e ser feliz!



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Música. Família. Amor. Amizade. Escrita. A procura por mim mesma. Vida. E é a isto que se resume. Sintam-se à vontade por aqui and enjoy.

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