terça-feira, 31 de maio de 2016

Olhar(-te) Olhar(es-me) Olhar

Ah o olhar. Se os olhos são o espelho da alma, há momentos em que as almas se beijam tão espontaneamente que não dá para evitar. Nem se quer evitar. Tão... Genuinamente: intensamente: suavemente. Ah o olhar, se os lábios beijam, o olhar desvenda, acaricia. Olhar nos olhos, olhar-te nos olhos, olhares-me nos olhos é mostrar mais do que talvez se quer, dar mais do que talvez se julgasse ser possível. Olhar-te nos olhos, olhares-me nos olhos é ter a certeza de todas as certezas. É querer que saibas que te quero com toda a certeza, é ter a certeza de que me queres também. 
Ah o olhar. Se os olhos são o espelho da alma, quero beijar-te a alma todos os dias. Quero que me beijes a alma todos os dias.
Vamos olhar(-nos). Vamos beijar(-nos).
Bem pertinho, sempre.
Meu amor. 

I may be paranoid, but I’m no android.

Originalmente escrito por mim para The Blue Magazine


Ela sorria como eu. Acompanhava o olhar do outro como eu. Falava como eu. E até tinha uma certa piada como eu! Mas o seu coração era outro. Ela nunca seria capaz de sorrir e rodopiar clichémente enquanto sentia a chuva fria na pele e respirar intensamente fundo enquanto tomava um banho quente. Aquele banho quente que nos restitui a temperatura e relaxa o corpo e a alma. Ela sorria como eu. Acompanhava o olhar do outro como eu. Aspirava ser feliz e até criar Arte. Como eu. 

Mas como se pode ser feliz quando não se sente? Quando os laços da tua programação não nascem contigo mas são artificialmente incutidos em ti?

Posso ser paranóica mas não sou android. Não nego a mim mesma as minhas raízes perfeitamente imperfeitamente humanas e repletas de histórias maravilhosas. Não nego a mim mesma o privilégio de sentir, pensar, aprender e cair. Não nego a mim mesma a sensação de conhecer alguém novo e sentir aquela faísca de quem encontrou uma nova alma: alma

I may be paranoid, but I’m no android. 

Posso até trocar mensagens escritas contigo a cada 30 segundos. Ver as tuas fotografias no Instagram, comentar as tuas publicações no Facebook. Posso e vou ligar-te via WhatsApp ou Skype para saber como estás e ouvir a tua voz, ver o teu sorriso. Sim, vou entrar neste Digital World. Mas jamais me vou cingir a isso. Jamais me vou satisfazer sem poder sentir o aroma único da forma como o teu perfume se adapta a ti. Jamais me vou satisfazer sem reconhecer o aumentar dos teus batimentos cardíacos quando estiveres prestes a fazer algo que te desafia ou o acalmar dos teus sentidos quando me beijares e a nossa sintonia se tornar quase perfeita. 

Ela sorria como eu. Acompanhava o olhar do outro como eu. Falava como eu. E até tinha uma certa piada como eu! Mas o seu coração era outro. E como se pode ser feliz quando não se sente? Quando os laços da tua programação não nascem contigo mas são artificialmente incutidos em ti?

segunda-feira, 30 de maio de 2016

E se eu? (Pedaços de nostalgia com pitadinhas de melancolia)

Se eu pudesse fechar os olhos e vislumbrar a beleza do passado no presente sem recear o futuro. Se eu pudesse não fugir de quem eu fui, de quem eu era, de quem eu sou. 
Se eu pudesse aceitar que acreditar faz parte da vida. E, por vezes, não acreditar também. 
Se eu pudesse... Se eu pudesse fechar os olhos e vislumbrar a beleza do passado no presente sem recear o futuro.
Se eu pudesse ter de novo o brilho nos olhos de quem sonha sem saber que pelo caminho muito se perde para que tanto de novo se ganhe.
Se eu pudesse não fugir de quem eu fui, de quem eu era, de quem eu sou. 
E aceitar.
Aceitar que na vida, o nível aumenta e os obstáculos também. Mas que o que de indescritível se sente a cada vitória é mais do que suposição: certeza. 
Aceitar que na vida, crescer não muda nada e no entanto muda tudo. 
E que em subtis sucessões de pequenos e simples momentos, 
outros tantos marcantes e esmagadores momentos, 
tudo mudou. 
Tudo mudou. 
E assim, tudo muda. E continua. Continua. Continua...
Se eu pudesse. Se eu pudesse fechar os olhos e vislumbrar a beleza do passado no presente. Sem recear o futuro. 
A beleza do presente enquanto passado no futuro.
A beleza do futuro enquanto presente no futuro presente.
A beleza do presente enquanto presente.
A beleza. 
A minha beleza. 
No futuro, no passado, agora. Sempre.

E se eu pudesse? 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Por inteiro. Todos os dias.

Quero-o por inteiro. Oh como o quero. Como o amo. Como te amo. Não sei querer pela metade. Não quero querer-te pela metade. Não consigo. Não quero conseguir. Quero-o por inteiro. Quero-te por inteiro. Oh como o quero. Oh como te quero. Como o amo. Como te amo. A ti. Apenas a ti.

Não sei querer pela metade, nunca soube, nunca quis nem quero. E não tenho medo disso. Não tenho medo de te querer, de te amar; longe, perto, sempre, todos os dias. Todos os dias. 
Quero-o por inteiro. 
Oh como o quero. 
Como o amo.
Não me darei ao luxo de lutar contra o que de intenso, profundo e verdadeiro sentir em mim. Sou pelo amor. Sempre fui. E agora somos dois a querer. E ao querer somos um. 
Por isso, não.
Não sei querer pela metade. Não quero querer-te pela metade. Quero-te por inteiro.
Oh como te quero.
Como te amo. A ti. Apenas a ti.

Por isso, não.
Não sei querer pela metade, nunca soube, nunca quis nem quero. E não tenho medo disso. Não tenho medo de te querer, de te amar; longe, perto, sempre, todos os dias. Todos os dias.
Por inteiro. 
De alma livre, coração leve.
Mas por inteiro.
Sempre. 
Todos os dias. 
Sempre. 
Todos os dias. 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Pássaros

Pássaros. Que bom será voar. Todos nós gostaríamos de voar. Mas enquanto pensamos em como seria fazê-lo, esquecemo-nos das asas que já nasceram connosco. Muitas vezes isso aconteceu comigo. Ainda hoje acontece: o querer voar. Agarramo-nos ao que nos prende. Perdemo-nos no clima inconstante que nos envolve. Fugimos de quem somos quando o que queremos… É encontrar o que sempre fez parte de nós. 
Somos o ser mais incrível que existe. Cada fibra, cada movimento, cada pensamento se interliga com uma precisão e cumplicidade inimaginável. Até mesmo quem, fisicamente é marcado por uma diferença que parece limitá-lo, tem dentro de si um mundo que ninguém conhece. O seu corpo vive, luta continuamente para manter o coração a bater. É possível reconhecer a nobreza dessa força? 
Todos precisamos do nosso tempo. Das nossas luzes de presença, dos nossos fantasmas. Do que nos leva a viver e do que nos obriga a fazê-lo. Todos precisamos de fortalecer as nossas asas, de aprender a voar. Todos precisamos de “porquês?”, de dilemas com resposta, de dilemas por responder. O que será do Homem quando souber tudo? O que seria do Homem se, ao nascer, soubesse que não iria morrer? 
Quando compreender todas as coisas, não precisarei de estar aqui. Porque este é o momento da descoberta. All of it. E eu quero continuar a descobrir. Porque, enquanto abraçar o desconhecido, terei a certeza de vou sentir. E isso… É o que me ensina a voar pelas minhas próprias asas e encontrar o meu verdadeiro rumo. Sem me alimentar de fotocópias. E a ti? O que te ensina? O que te alimenta? 

Onde é que as tuas asas te vão levar?

Todos nós precisamos de uma fase de mudança.

Pássaros.

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Música. Família. Amor. Amizade. Escrita. A procura por mim mesma. Vida. E é a isto que se resume. Sintam-se à vontade por aqui and enjoy.

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