terça-feira, 29 de janeiro de 2013

*Insert Title Here*

Será que realmente sabes quem tu és? Sabes o teu nome, sabes a tua idade, sabes onde moras, sabes com quem vives. Mas será que, quando olhas para o teu interior, durante a noite, no escuro, sabes quem tu realmente és? A mente imagina, o coração sente, os olhos abertos criam fantasmas que o corpo absorve e percorrem cada pedaço da tua existência. Dunno quem eu sou. Assim como tu não sabes quem és.       How can I become who I want to be?       How can I become who I want to be, when that includes to be what I'm not? Ou será que sou?
Eu gosto do silêncio, de não preencher o tempo com conversa fiada. Gosto de sentir, gosto de refletir. Gosto de sentir a respiração do outro lado da linha, entre poucas palavras, poucas frases. Só pelo prazer de estar. Longas pausas, palavras sentidas. Gosto de estar perto de alguém e deixar os olhos, a respiração, o jeito do lábio, as mãos e o bater ou o não bater das pés falarem por si. Gosto do pensar, do sentir em sintonia, mesmo que os caminhos sejam completamente diferentes. A viagem une. E isso vale muito. Gosto de tentar colocar tudo isso em prática, apesar de, dessa forma, parecer um Fernando Pessoa desligado do mundo que o rodeia.
Isso faz de mim estranha? Não sei.  Preocupa-me? Não, na maioria das vezes.
Sinto-me deslocada.
É estranho, porque as pessoas que mais me fazem ser eu e sentir indefinidamente, sem problemas estão longe. Ou talvez seja eu que crie barreiras. What does that matter, anyway?... I don't want to change and even if I wanted, I couldn't.

Talvez eu seja igual a todas as outras pessoas.
           Talvez o normal seja isto.
Mas se o é, não o reconheço.
Se o é, não o vejo.
           Se o é, não o sinto.
Sou um ser Indefinido na mais abstrata das definições:
                            "Normal".
E talvez esteja bem com isso.
           "Talvez".
Acho que estou.
E tu? Estás?
Vais descobrir quem tu realmente és
e aceitá-lo?

Muitos concordam, muitos aceitam, muitos pensam "eu também sou assim".
                                              Poucos são os que o colocam (ou se esforçam por colocá-lo) em prática.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Artist(s)


You should fall in love with an artist.

Whether they be a singer, painter, sculptor or writer. You should fall in love with an artist, they’re complex and probably sad. You’ll probably be able to cure this sadness, but be sure to not make them too happy as that can destroy the essence of what being an artist is. Artists will use their personal pain and anguish to create beauty. They will make something beautiful from nothing. 

As you start to open up to them you’ll see yourself seep into their consciousness. You’ll start to appear in their art in little ways at first, but as you spend more and more time and open yourself up you’ll see yourself reflected in their work. When you’re with an artist you’re more exposed than when you’re with a lover. Everything hurts more deeply and they will graze your heart. 

You should fall in love with an artist because even after you’ve both gone your separate ways and fallen apart you’ll still be with them forever. No doubt, the wounds they leave with be deeper and harsher than most but you’ll be immortalized in their art in a way most people will only dream of.



Li este texto e adorei. Quero ser uma artista. Agora e para sempre. Às vezes tenho medo de me estar a acostumar ao mundo, de estar a perder a capacidade de refletir, de escrever, de cantar, de pensar. Enfim, talvez isto seja só uma fase. The best way to predict the future is to invent it. Espero ser forte o suficiente para criar o meu futuro e para continuar a sentir e voltar a transformar tudo isso em arte. Naquela arte que me toca, que me alivia, que me mostra sem mostrar.


P.S.: Adoro a forma "complexa e provavelmente triste" de um artista. That's how I want to live and, someway, that's how I am living. Just need to express it more instead of lock it inside of me.




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

#55

Disseram-me que o sentimento de impotência é o pior que um ser humano pode sentir. Eu concordo.

Agora sei que pior do que nos sentirmos mal por alguma razão, é sentirmo-nos mal sem saber o porquê. É sentir e sentir e sentir sem compreender, querer fugir sem planear, chorar sem pensar e chorar por pensar. É precisar de chorar e não chorar, é um querer e não querer em constante mudança. Não há uma forma de nos ajudarmos a nós próprios e não conseguimos que os outros nos ajudem. É apenas um "não sei", um "estou viva", um "sim e não", um "viver sem viver". Sinto, penso, penso e sinto. E no meio, não há nada. Nada para escrever, nada para refletir, nada para criticar, nada para analisar. Há apenas um "vou deixar que a vida me leve". E odeio isso, pois apesar de ser uma frase muito poética, tira-me o poder. Tira-me o poder de escolher, o poder de mudar, o poder de resistir, o poder de enfrentar. Custa-me escrever que me tira o poder de lutar, é estúpido. Eu não vou parar de lutar. Não posso, nem quero. E talvez nem consiga fazê-lo. É como um acordar e pensar "não me vou levantar, vou dormir, vou faltar às aulas" e levantar-me automaticamente alguns minutos depois. Há um interruptor qualquer que me mantém ligada, mesmo sentindo que estou em stand by. Por vezes não percebo o porquê, nem como. Mas sei que existe. E não desiste.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Something

- Olá!
- Olá.
- Vais para onde?
- Paragem de autocarro.
- Posso acompanhar-te?
- Claro, obrigada.
- Não agradeças. Como estás?
- Estou.
- Estás...
- I'm a freak person, I think you don't really want to know me.
- I like freak people.
- So you like everyone. Everyone is freak but not equally.
- Not really... I'm not getting the point... Sorry.
- That's the point. Não me peças desculpa.
Silêncio. O vento bate-nos na cara, os postes da luz iluminam a noite. Lembro-me do quão bela é Angra do H., principalmente naquela hora. Ele acompanha o meu passo de uma forma exemplar. Quebrando a barreira da falta de palavras, muda de assunto:
- Então... Como foi o teu dia?
Sorrio. Não pela sua pergunta, mas pela resposta instantânea que me vem à mente.
- Não sei.
- Ahh... Ok. Estás a tentar afastar-me?
Rio-me mentalmente daquela forma típica e já repetitiva que continuo a desconhecer. Será ironia? Desilusão? Eu sabia. Sabia que ele não compreenderia.
- Eu? Sabia que não compreenderias.
- Não consegues dar-me uma resposta concreta?! Compreender o quê?
- Dar-te-ei uma resposta concreta depois de encontrar uma para mim mesma, está bem? Eu sou assim. Eu estou assim. E cansei-me de tentar adaptar-me e seguir a multidão. Se isto, se eu afasto as pessoas, não sei. Não é com intenção. Tenho consciência de que deixar de seguir a multidão não fará simplesmente com que me destaque. Continuarei a ser e a sentir-me mais uma na multidão e provavelmente acabarei sozinha. Esperemos que, pelo menos, encontre a minha paz.
- Nunca estás sozinha. Nunca estarás sozinha. Tens Deus and probably, you are going to have me.
- Tu não me conheces. Isto é apenas o início.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

LabJovem

LabJovem - Concurso de Jovens Criadores dos Açores: uma das grandes surpresas e felicidades que tive em 2012. Além de me ter ajudado a ganhar coragem para procurar e alcançar mais oportunidades, fez com que dois dos meus projetos ganhassem mais reconhecimento. Projetos esses que refletem, de certa forma, aquilo que fui e também, em certa parte, aquilo que continuo a ser, não esquecendo que a vida é uma constante evolução. 
Autêntico, a obra de 68 páginas, foi o transformar as minhas crenças, os meus desejos, os meus medos, os meus pensamentos, os meus sentimentos, o meu passado em palavras e juntar-lhe a pitada de ficção que faltava.
Pecado, a música de 3:42m (só pra manter a estrutura - ok, talvez não), fez-me tão bem! E talvez seja por isso que não consigo falar muito sobre ela. O que me ocorre (e é o meu mais sincero sentimento) é que ouvir uma música e saber que nós escrevemos a letra, que conseguimos gravá-la e que as pessoas gostaram e se identificam cada vez que a ouvem... É fantástico. E faz-me muito feliz.
Ainda sou uma amadora, mas uma amadora que realmente ama aquilo que faz. Escreve aquilo que sente. Exprime-se da melhor forma que consegue. Quer muito continuar a lutar e aprender cada vez mais. E, vivendo assim, sente, sente muito.

Apetece-me agradecer. Agradecer tanto a tantos, por muito (sim, se pensarem sobre isso, faz sentido ;) ). Por isso, obrigada. Obrigada, obrigada, obrigada. Que mais venha para todos nós e que possamos suportar e viver tudo da melhor forma possível!

Mostra dos projetos selecionados no Concurso LABJOVEM 2011, na Academia da Juventude e das Artes da Ilha Terceira na Praia da Vitória.
Mostra que contou com trabalhos nas áreas de Arquitetura. Artes Plásticas, Design de Moda, Design Gráfico, Fotografia, Ilustração + BD, Literatura, Vídeo e Música.
Com a actuação de Verónica Silva com o projeto "Pecado", e October Flight com o projeto "The Closing Doors" ambos selecionados na área de Música.

Links: 
Autêntico pdf e Pecado (ambos disponíveis para download nos separadores Literatura e Música

sábado, 5 de janeiro de 2013

Primeiro texto de 2013

Este post não existia. 
Até eu o ter criado.

E assim são os sonhos. Não passam disso, de algo que não existe até termos a força e a coragem de os tornar realidade. Os sonhos preenchem-nos a alma, como aqueles silêncios que nunca se transformam em palavras. Mas preenchem-nos de uma forma estranha. Preenchem-me de uma forma estranha. E é-me difícil perceber se é boa ou má. Tal como os silêncios, os sonhos não realizados poderiam mudar-nos tudo. Por outro lado, são o combustível para a vida. Mas que vida é essa se o combustível nunca deixa de ser isso: Combustível? Podemos converter essa substância inflamável, deixar o carro, o comboio, o avião ou o barco e andar pelos nossos próprios pés? Apreciar a viagem, sentir a chuva e o sol, ver a melodia e a beleza do que nos rodeia? Podemos construir uma bicicleta e deixar a nossa marca sem prejudicar quem está à nossa volta? Quem sabe se a bicicleta não ganha asas e nos leva a vôos mais altos, fruto da humildade face ao esforço da nossa caminhada? 
No final de contas, este post não existia até eu o ter criado...


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