segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Escreverei

Escrevia-me. Escrevia-me imenso. Mesmo quando não me lia, escrevia. Quando não me conseguia ler, escrevia. Hoje não me escrevo tanto. Mas quando escrevo, acabo sempre por me ler de alguma forma. A cada passo, algo se desembrulha em mim como se de repente estivesse viva outra vez. E estou. Será que estou? Espero estar. 
É que antes escrevia-me. Escrevia-me imenso. Mas o antes passa tão rápido e custa-me acompanhar. Por momentos, no dia-a-dia, custa-me acompanhar. No espaço e no tempo, custa-me acompanhar. Mas tento. E continuo. Pouco ou muito, continuo a tentar escrever-me. Talvez um dia me consiga ler também. Até lá... Escreverei.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Sobre

Fogem-me as palavras mas não me foge o que sinto. Isso está sempre lá, sempre aqui, presente, nunca ausente: fico descontente com o descontentamento: mas ele não sai daqui. Fogem-me as palavras mas o que sinto fica, seja real ou irrealista: é bom que alguma cura exista: se existir que não tarde a chegar. 
Porque tarde já é tarde desde ontem e ainda mais tarde será amanhã: nunca é tarde mas cá parece ser tarde e cada vez mais tarde: mas no fim, espero - na verdade a n s e i o - estará tudo bem.

Sobre a n s i e d a d e

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Alguma vez?

De todas as fraquezas do mundo, nunca pensei que esta seria a minha. Tenho a força de todos os dias abrir os olhos e sobreviver ao obrigatório mas fujo de tudo o resto que poderia dar sabor à vida. Porque à vida não lhe reconheço o sabor. Não sei qual é. Não sei qual é o meu sabor. Mas sei que de todas as fraquezas do mundo, nunca pensei que esta seria a minha. Sei que tenho a força de todos os dias abrir os olhos e sobreviver ao obrigatório. Tenho instinto. Mas já não tenho o querer. Falta-me o querer. Quero o que tem de ser, porque mais não sei como fazer.
Para sentir, agarro-me ao que conheço. Ao que o passado me ensinou pela experiência. Muitas vezes preferia não sentir, não existir, nem que por um bocadinho. Mas não é assim que funciona a minha cabeça.


segunda-feira, 25 de março de 2019

Nós

Nós não somos só mais uma face na multidão. Nós nunca seremos só mais uma face na multidão. Há sempre mais. Somos mais. Sempre mais. Um nome, uma história, uma alma, uma luz. Somos seres de pensamento, sentimento, decisão, ação. Podemos escolher viver. Podemos escolher sentir. Podemos escolher agir. Podemos escolher procurar saber e decidir ser quem nós temos todo o potencial para ser. Nós não somos só mais uma face na multidão. Jamais seremos só mais uma face na multidão. Somos mais. Há mais. Sempre mais.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Espadas

O que é que fica? Exatamente? Não sei. Mas sei que nem sempre é bonito aquilo que fica do que já foi. ... Será que é isso que nos mata? O acumular das coisas menos boas? O que o tempo resolve mas nós não? Lança-me as tuas espadas! Se me tivesses lançado tu as tuas espadas... Talvez o sangrar fosse mais agradável. Mas não foi. E o que é que fica? Exatamente? Não sei. Fica isto. E eu sei que isto que ficou não é o que de mais bonito poderia ter ficado. Mas claro está... Nem sempre o que é bonito fica daquilo que já foi. Às vezes fica só isto. Seria melhor que não tivesse ficado nada.

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Música. Família. Amor. Amizade. Escrita. A procura por mim mesma. Vida. E é a isto que se resume. Sintam-se à vontade por aqui and enjoy.

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