sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

São quase três da manhã. Acabei de ver um filme. Logo eu que raramente o faço, porque não tenho paciência. Para mim, quase todos os filmes são longos. Especialmente quando estou contigo. Eternal Sunshine of the Spotless Mind. Basicamente, é um filme que fala sobre fim de relacionamentos e apagar memórias. Mas claro, é bem mais do que isso. É um filme que nos mostra a importância das memórias que temos. Do que vivemos, do que sentimos. Dos erros que cometemos. Do quão importante somos na vida do outro, do impacto que temos. Da força do amor. Felizmente, o coração não consegue esquecer o que o cérebro atira lá para o fundo. Clementine: I wish you had stayed. Joel: I wish I'd stayed too. Quantas vezes na vida serão necessárias desejarmos ter ficado para perceber que efetivamente nunca devíamos ter partido? Quantas vezes na vida serão necessárias complicar para perceber que a resposta era simples? Quantas vezes na vida vamos deixar o amor passar-nos ao lado? 

Joel: NOW I wish I had stayed. I wish I had done a lot of things. I wish I had... I wish I had stayed. I do. Clementine: Joely? What if you stayed this time?

domingo, 13 de novembro de 2016

Uma só teia - diferentes perspetivas

Tu vais aprender a viver com as saudades. Com a distância. Com os súbitos apertos no estômago, no coração e a vontade súbita de enviar uma mensagem. De ligar. De tê-la perto. Tu vais aprender a viver com as saudades. Com o podia ter sido mas não foi. Vais aprender a viver. Vais viver. Vais ultrapassar. Tu vais aprender a viver com o silêncio. Com a indecisão de quem não sabe o que sente, o que pensa ou o que quer. Ou com a certeza de quem o sabe e ainda assim escolhe prosseguir sem ti. Vais aprender a viver com as escolhas dos outros. Vais aprender a viver com o que não podes controlar, depois de tudo o que pudeste fazer. Tu vais aprender a viver com as saudades. Com a distância. Com os súbitos apertos no estômago, no coração. E vais conseguir lutar contra isso. 
Até que não tenhas de lutar mais. 
Até que simplesmente seja uma experiência que te trouxe mais sabedoria. 
E consigas novamente encará-la com paz. 

domingo, 6 de novembro de 2016

O acaso mais bonito de uma vida

Não se pode lutar contra o amor. Contra o que está para ser ou o que não está para ser. Sim, somos detentores do nosso destino e sempre acabaremos por viver as consequências das nossas escolhas. Mas sabem aquelas coincidências que não são coincidências? Não se pode lutar contra o amor. Não dá. Simplesmente. Se duas pessoas estão destinadas a passar na vida uma de outra, mesmo que mais tarde sigam caminhos diferentes (ou não), elas vão encontrar-se. E elas vão marcar. E elas vão fazer a diferença. Seja no que for. Não se pode lutar contra o amor. Não se pode lutar contra a magia do "acaso". Que na minha opinião, não é acaso nenhum. Sejam felizes, meus caros. Sejam felizes enquanto dura e, quando parecer não durar, busquem a felicidade na mesma. E ao fazer isso, sejam felizes. Porque não se pode lutar contra o amor. E se o amor não passar de uma conexão de "acasos", bom... Então são os acasos mais bonitos de uma vida. O amor será sempre o acaso mais bonito de uma vida. Seja qual for o tipo de amor. Dure o tempo que durar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Cura

Como... É que nos distanciamos emocional e fisicamente de alguém que... Estando próximo emocional e fisicamente de nós nos faz tão bem? Como é que se colmatam as falhas que criam uma distância que, se resolvida, nos preencheria tanto? Como é que se resolvem os "se's"? Como é que se resolvem todas as perguntas na minha cabeça, no meu coração... Como é que se resolvem estas ínfimas possibilidades dentro de mim que, sendo ínfimas, se tornam infinitas, intermináveis? Como... É que se descobre uma cura para o que anteriormente parecia - e foi - a nossa cura... E mais, como é que se encara isso? 

Disseram-me que as memórias felizes dentro de nós se transformam em sorrisos e que as menos boas saem de nós em forma de lágrimas. Mas isso não justificava de todo o meu choro, então... Eu acrescentei que as memórias felizes também nos podem fazer chorar por terem sido tão boas. E pela dor da possibilidade ou realidade destas não se repetirem chocar tão de frente connosco que se torna impossível de ignorar... Impossível de conter. 

Ele parecia ser a minha cura. Na verdade, no meio de toda uma série de ambiguidades ao longo do percurso, ele foi a minha cura. A minha paz. E eu desejei - e desejo - continuamente poder ter a força para também ser a sua. Espero também ter sido a sua cura. No que quer que seja. Porque não duvido, de maneira alguma, que ele foi... E ainda poderia ser a minha.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

mundus est fabula

 mundus est fabula 

O mundo é uma fábula. Uma ficção. Somos um sendo tantos tantas vezes, em tantas ocasiões. Somos um sendo tantos, conhecendo tanto, aprendendo muito, sabendo tão pouco. Somos um que produz como sendo tantos, querendo ser um. Somos um que especta, absorve, sendo tantos. Que interioriza, manipula, adapta tudo o que absorve à sua volta sendo tantos, desejando mais que tudo ser um. Afirmar-se enquanto uno; afirmar-se enquanto o; inteiro; completo; total.

• mundus est fabula 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Do outro lado do arco-íris

Sonho com o amor. Vivo pelo amor. Sou pelo amor. Sempre o fui. Lá, do outro lado ao arco-íris, é o amor que me move, é ele que me guia até aqui. Lá, do outro lado do arco-íris, é ele que me alimenta. Que me faz viver mais do que eu seria capaz por mim mesma. Sonho com o amor, vivo pelo amor, sou pelo amor, sempre o fui. Lá, do outro lado do arco-íris, só existe amor. De lá vim, de lá me vem o que sinto, para lá quero voltar. É de lá que sou, Do outro lado do arco-íris. Não há muito mais que realmente me importe do que sentir o que se sente nesse lugar. Nesse lugar longe da vista, perto do coração. Se sinto, se me fazem sentir, se me fazes sentir, ficarei. Senão, por mais que queira... Não aguentarei... Partirei.
É mais forte do que eu.
Sonho com o amor. Vivo pelo amor. Sou pelo amor. Sempre o fui.
Sempre fui... Lá, do outro lado ao arco-íris.
É a partir de lá que me encontras. Que verdadeiramente me encontras.
E é lá, só lá e a partir de lá que verdadeiramente me encontro também.
Fora disso... Sou mera ambulante, indiferente, continuamente ausente.

Someone will find me. Someone will find me there.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Obrigada, Portugal!

Estava escrito. Estava escrito que se tornaria o nosso dia. Quase contra todas as probabilidades. Contra tudo e todos a quem faltava a sensibilidade de saber que o destino é mais do que apenas destino. É uma junção de justiça, intervenção divina, uma pitada de sorte e uma carga de trabalho, união, perseverança, humildade, fé, coragem. Uma carga que não pesa quando a meta é a vitória. O orgulho e felicidade de uma nação inteira. Quando o prémio é muito mais do que a taça e o dinheiro, quando o prémio é o alcançar de um objetivo já traçado e mais que anunciado; a emoção, a euforia, a descompressão, o festejo, a leveza de, mesmo dormindo poucas horas, acordar e saber que o sonho é uma realidade. A realidade. Somos 1. Somos 11. Somos 23. Somos 11 milhões. E mais. Somos mais, muito mais. Somos a força de um hino nacional que canta desde o âmago da alma o nosso espírito lutador, somos a sensibilidade de chorar sem medo, de preocupação, de felicidade e com o coração quando o momento a isso conduz. Somos o grito e o abraço de viver ao rubro. 
De acreditar. De sentir. De celebrar. De não desistir. E continuar. 

Porque um sucesso nunca vem só. Porque quem nasce pra vencer não tem como se conter. Porque, e como diz o nosso capitão:

Na vida, nada é impossível. É só lutares dia a dia pelos teus sonhos.
Sem disciplina, o talento não serve para nada. 
Se achas que já és perfeito, então nunca vais ser.
O teu amor faz-me forte. O teu ódio faz-me imparável.

Unidos, destemidos e jamais vencidos.

Obrigada, mister. Obrigada, capitão. Obrigada, seleção. Obrigada, Portugal!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Beautiful

Começámos por namorar com o olhar, com o sorriso, com as palavras. Com o cumprimento na bochecha, com o sentar pertinho e só deixar tocar de leve o joelho um no outro, com o friozinho na barriga de quem estava a gostar da companhia e não queria dizer adeus.

Começámos por namorar com a saudade, com o desejo de estar juntos de novo como quem só quer estar com alguém que lhe faz bem. Começámos por namorar com o partilhar dos nossos filmes favoritos, com o almoçar na simplicidade e conforto de casa e a conversa casual de quem se conhece devagarinho.

Começámos por namorar assim mesmo. Devagarinho. 
Como quem não apressa nem tem pressa...

Como quem sabe apreciar.

Começámos por namorar com a proximidade de um carinho de mão e o entrelaçar espontâneo dos dedos, com a segurança de quem só está feliz. Começámos por namorar com a calma e o sossego, a descoberta do descartar do medo a pouco e pouco e sem forçar. Começámos por namorar com a leveza de um beijo simples mas sentido, antecedido por um encostar de testa e a cumplicidade de quem devagar se fez sentir presente. 

Começámos por namorar assim mesmo.

Devagar... 
Devagarinho...

Como quem não apressa nem tem pressa....

Como quem sabe apreciar.

terça-feira, 31 de maio de 2016

Olhar(-te) Olhar(es-me) Olhar

Ah o olhar. Se os olhos são o espelho da alma, há momentos em que as almas se beijam tão espontaneamente que não dá para evitar. Nem se quer evitar. Tão... Genuinamente: intensamente: suavemente. Ah o olhar, se os lábios beijam, o olhar desvenda, acaricia. Olhar nos olhos, olhar-te nos olhos, olhares-me nos olhos é mostrar mais do que talvez se quer, dar mais do que talvez se julgasse ser possível. Olhar-te nos olhos, olhares-me nos olhos é ter a certeza de todas as certezas. É querer que saibas que te quero com toda a certeza, é ter a certeza de que me queres também. 
Ah o olhar. Se os olhos são o espelho da alma, quero beijar-te a alma todos os dias. Quero que me beijes a alma todos os dias.
Vamos olhar(-nos). Vamos beijar(-nos).
Bem pertinho, sempre.
Meu amor. 

I may be paranoid, but I’m no android.

Originalmente escrito por mim para The Blue Magazine


Ela sorria como eu. Acompanhava o olhar do outro como eu. Falava como eu. E até tinha uma certa piada como eu! Mas o seu coração era outro. Ela nunca seria capaz de sorrir e rodopiar clichémente enquanto sentia a chuva fria na pele e respirar intensamente fundo enquanto tomava um banho quente. Aquele banho quente que nos restitui a temperatura e relaxa o corpo e a alma. Ela sorria como eu. Acompanhava o olhar do outro como eu. Aspirava ser feliz e até criar Arte. Como eu. 

Mas como se pode ser feliz quando não se sente? Quando os laços da tua programação não nascem contigo mas são artificialmente incutidos em ti?

Posso ser paranóica mas não sou android. Não nego a mim mesma as minhas raízes perfeitamente imperfeitamente humanas e repletas de histórias maravilhosas. Não nego a mim mesma o privilégio de sentir, pensar, aprender e cair. Não nego a mim mesma a sensação de conhecer alguém novo e sentir aquela faísca de quem encontrou uma nova alma: alma

I may be paranoid, but I’m no android. 

Posso até trocar mensagens escritas contigo a cada 30 segundos. Ver as tuas fotografias no Instagram, comentar as tuas publicações no Facebook. Posso e vou ligar-te via WhatsApp ou Skype para saber como estás e ouvir a tua voz, ver o teu sorriso. Sim, vou entrar neste Digital World. Mas jamais me vou cingir a isso. Jamais me vou satisfazer sem poder sentir o aroma único da forma como o teu perfume se adapta a ti. Jamais me vou satisfazer sem reconhecer o aumentar dos teus batimentos cardíacos quando estiveres prestes a fazer algo que te desafia ou o acalmar dos teus sentidos quando me beijares e a nossa sintonia se tornar quase perfeita. 

Ela sorria como eu. Acompanhava o olhar do outro como eu. Falava como eu. E até tinha uma certa piada como eu! Mas o seu coração era outro. E como se pode ser feliz quando não se sente? Quando os laços da tua programação não nascem contigo mas são artificialmente incutidos em ti?

segunda-feira, 30 de maio de 2016

E se eu? (Pedaços de nostalgia com pitadinhas de melancolia)

Se eu pudesse fechar os olhos e vislumbrar a beleza do passado no presente sem recear o futuro. Se eu pudesse não fugir de quem eu fui, de quem eu era, de quem eu sou. 
Se eu pudesse aceitar que acreditar faz parte da vida. E, por vezes, não acreditar também. 
Se eu pudesse... Se eu pudesse fechar os olhos e vislumbrar a beleza do passado no presente sem recear o futuro.
Se eu pudesse ter de novo o brilho nos olhos de quem sonha sem saber que pelo caminho muito se perde para que tanto de novo se ganhe.
Se eu pudesse não fugir de quem eu fui, de quem eu era, de quem eu sou. 
E aceitar.
Aceitar que na vida, o nível aumenta e os obstáculos também. Mas que o que de indescritível se sente a cada vitória é mais do que suposição: certeza. 
Aceitar que na vida, crescer não muda nada e no entanto muda tudo. 
E que em subtis sucessões de pequenos e simples momentos, 
outros tantos marcantes e esmagadores momentos, 
tudo mudou. 
Tudo mudou. 
E assim, tudo muda. E continua. Continua. Continua...
Se eu pudesse. Se eu pudesse fechar os olhos e vislumbrar a beleza do passado no presente. Sem recear o futuro. 
A beleza do presente enquanto passado no futuro.
A beleza do futuro enquanto presente no futuro presente.
A beleza do presente enquanto presente.
A beleza. 
A minha beleza. 
No futuro, no passado, agora. Sempre.

E se eu pudesse? 

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Por inteiro. Todos os dias.

Quero-o por inteiro. Oh como o quero. Como o amo. Como te amo. Não sei querer pela metade. Não quero querer-te pela metade. Não consigo. Não quero conseguir. Quero-o por inteiro. Quero-te por inteiro. Oh como o quero. Oh como te quero. Como o amo. Como te amo. A ti. Apenas a ti.

Não sei querer pela metade, nunca soube, nunca quis nem quero. E não tenho medo disso. Não tenho medo de te querer, de te amar; longe, perto, sempre, todos os dias. Todos os dias. 
Quero-o por inteiro. 
Oh como o quero. 
Como o amo.
Não me darei ao luxo de lutar contra o que de intenso, profundo e verdadeiro sentir em mim. Sou pelo amor. Sempre fui. E agora somos dois a querer. E ao querer somos um. 
Por isso, não.
Não sei querer pela metade. Não quero querer-te pela metade. Quero-te por inteiro.
Oh como te quero.
Como te amo. A ti. Apenas a ti.

Por isso, não.
Não sei querer pela metade, nunca soube, nunca quis nem quero. E não tenho medo disso. Não tenho medo de te querer, de te amar; longe, perto, sempre, todos os dias. Todos os dias.
Por inteiro. 
De alma livre, coração leve.
Mas por inteiro.
Sempre. 
Todos os dias. 
Sempre. 
Todos os dias. 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Pássaros

Pássaros. Que bom será voar. Todos nós gostaríamos de voar. Mas enquanto pensamos em como seria fazê-lo, esquecemo-nos das asas que já nasceram connosco. Muitas vezes isso aconteceu comigo. Ainda hoje acontece: o querer voar. Agarramo-nos ao que nos prende. Perdemo-nos no clima inconstante que nos envolve. Fugimos de quem somos quando o que queremos… É encontrar o que sempre fez parte de nós. 
Somos o ser mais incrível que existe. Cada fibra, cada movimento, cada pensamento se interliga com uma precisão e cumplicidade inimaginável. Até mesmo quem, fisicamente é marcado por uma diferença que parece limitá-lo, tem dentro de si um mundo que ninguém conhece. O seu corpo vive, luta continuamente para manter o coração a bater. É possível reconhecer a nobreza dessa força? 
Todos precisamos do nosso tempo. Das nossas luzes de presença, dos nossos fantasmas. Do que nos leva a viver e do que nos obriga a fazê-lo. Todos precisamos de fortalecer as nossas asas, de aprender a voar. Todos precisamos de “porquês?”, de dilemas com resposta, de dilemas por responder. O que será do Homem quando souber tudo? O que seria do Homem se, ao nascer, soubesse que não iria morrer? 
Quando compreender todas as coisas, não precisarei de estar aqui. Porque este é o momento da descoberta. All of it. E eu quero continuar a descobrir. Porque, enquanto abraçar o desconhecido, terei a certeza de vou sentir. E isso… É o que me ensina a voar pelas minhas próprias asas e encontrar o meu verdadeiro rumo. Sem me alimentar de fotocópias. E a ti? O que te ensina? O que te alimenta? 

Onde é que as tuas asas te vão levar?

Todos nós precisamos de uma fase de mudança.

Pássaros.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A perspetiva

Olho em frente e fecho os olhos. O ar vem forte contra mim. Traz consigo todo o peso que me tem impedido de avançar. O tempo está escuro, cinzento, as ondas do mar lá em baixo partilham daquilo que sinto com a força de uma natureza indomável. O som do ambiente que me envolve fala por mim, pela minha frustração e pela minha alma. Pela minha luta constante de liberdade que os double-bind da vida teimam em dificultar, "educando". Mantenho os olhos fechados. Abro-os. Olho em frente, deixo-me envolver pela perspetiva do horizonte. A perspetiva. O horizonte. O céu cinzento. O mar revolto. O vento forte. Todo o ambiente. Eu. Todo o meu eu. Impulsiono-me. Estendo-me, abro os braços no vazio do ar. Sinto, então, a corda segurar-me no fim do salto. 
Por vezes só precisamos ter a sensação do que seria perder tudo. 
Para ser gratos por ter uma corda que nos segure. 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Tudo em mim

Tudo em mim é amor. E tudo em mim é medo de amar. Tudo em mim é amor e tudo em mim é coragem de amar. Tudo em mim é amor e tudo em mim é exagero. Tudo em mim é amor e tudo em mim é medo de exagerar. Tudo em mim é amor. E tudo em mim é medo de amar. Mas tudo em mim é precisar de amar. Tudo em mim é amor. E tudo em mim é coragem de amar. Tudo em mim é medo de bagunçar. Tudo em mim: dentro de mim: é intenso. E tudo em mim é medo de intensificar. E tudo em mim é querer amar, querer exagerar, querer intensificar. E tudo em mim é medo de bagunçar. Se bem que todo o amar tem a sua bagunça. Bagunça bagunçada. Como eu. Bagunça inesperada, instantânea, indomável. Porque tudo em mim é amor. E tudo em mim é ter medo de amar e de fazer amar. Mas tudo em mim é, mais do que qualquer medo, precisar de amar. Querer amar. Amar. 
Tudo em mim: dentro de mim: é intenso.
Tudo em mim: dentro de mim: é medo de bagunçar.
Se bem que todo o amar tem a sua bagunça. Bagunça bagunçada. Como eu.
Porque tudo em mim é amor.
- mais do que qualquer medo -
precisar de amar. Querer amar
Amar. 
Amor. 

sábado, 26 de março de 2016

Viver para sempre

Quero mais do que só estar de passagem. Quero viver para sempre. Quero viver para sempre no coração e na alma de alguém. Das pessoas. Das pessoas com quem na vida tiver a sorte de me cruzar. Tiver a sorte de amar. Quero ser mais do que aquilo que agora sou. Quero aprender, evoluir. Quero sentir e fazer sentir. Quero mais do que só estar de passagem. Quero viver para sempre. Quero viver para sempre junto daqueles que mais amo. Daqueles que contribuem para tornar a minha história algo memorável, algo that was meant to be. Quero estar rodeada de pessoas que me elevem, que me façam querer ser melhor, que me façam ter a certeza absoluta de que vale a pena viver. E de que viver é bom. É maravilhoso. Quero ter a minha alma e o meu coração cheios. Contribuir para o preenchimento do coração e da alma de alguém. De quantas pessoas me for confiado ter esse privilégio. Quero mais do que só estar de passagem. Quero viver para sempre. Quero viver para sempre no coração e na alma de alguém. Quero viver para sempre. Quero viver para sempre junto daqueles que mais amo. 
Daqueles que contribuem para tornar a minha história algo memorável, algo that was meant to be.
Daqueles que me fazem querer ser melhor, que me fazem ter a certeza de que vale a pena viver. 
E sonhar. E cantar. E sorrir. E dançar. E observar, E aprender. E sentir. E amar. 
E de que é tão bom. 
É maravilhoso.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Nua eu danço

Estou no duche. Deixo a água quente correr sobre mim, levar das minhas costas, da minha mente todo o peso. Estou no duche. Nua como a minha alma. Fecho os olhos. Sinto a música, sinto a água, sinto e não sinto enquanto mil e uma histórias e pessoas passam por mim. Revivem-se em mim. E sorrio. Danço. Sorrio e danço, nua como a minha alma livre. Com a água quente a correr sobre mim. Sorrio e danço como brinde aos se's e que's e porque's e sins e nãos e tudo o que de bom e mau houver para brindar a. Como se fosse a minha última dança. Estou no duche. Livre. Sorrio. Danço. E digo adeus a tudo o que me faz mal. 

sexta-feira, 18 de março de 2016

Origem

É isto que sou. É esta a minha casa. Sou o verde dos belos, extensos campos retalhados e o azul do mar. Sou a imensidão de quem sente e de quem vive, de quem ama. Sou da paz que aqui se sente, da força sublime com que a Natureza tanto nos presenteia. Sou dos Açores. Sou Açoriana. Sou Terceirense. Sou Altarense. E leve-me a vida pra onde me levar, leve eu a vida para onde desejar, serei sempre daqui. Serei sempre dos Açores. Serei sempre eu. Serei sempre Açoriana. Serei sempre Terceirense. Serei sempre Altarense. Serei sempre o verde dos belos, extensos campos retalhados e o azul do mar. E esta será sempre a minha casa, o meu berço de beleza indescritível. Tenho saudades. Tantas saudades. Mas há uma magia que se mantém sempre comigo. Cá dentro. Então, posso continuar. Sem temer. 


Para a frente, Açorianos! Pela paz à terra unida. Largos voos, com ardor, firmamos, para que mais floresçam os ramos da vitória merecida. Para a frente! Lutar, batalhar pelo passado imortal. No futuro a luz semear de um povo triunfal.



heart emot

quinta-feira, 17 de março de 2016

Jogos vorazes

Irónico, não é? Escrevo porque me magoaram, mas no fundo não me sinto satisfeita. Escrevo porque me magoaram mas sinto-me duplamente, triplamente magoada por ter razão para estar magoada. Preferia estar magoada sem razão. Lixar-me para a cena. Parece que finalmente alguém foi capaz de me magoar o suficiente para o que escrevo nunca ser o suficiente para me impedir de imaginar... O sítio, os toques, os possíveis sorrisinhos e elogios superficiais e sem alma, sem verdade...
Estou a entrar num mundo que não conhecia. Jogos perigosos que não fazem correr sangue. Fazem correr dor. Fazem correr falta de amor. Estou a entrar num mundo que não conhecia, encaro os jogadores mas não os conheço. Entro no jogo mas não sei jogar. Acabo sempre por perder. Estou a entrar num mundo que não conhecia. E isso consome-me. Não ter o controlo consome-me. Por outro lado... O controlo excessivo deste mundo irrita-me. A falta de amor irrita-me. A falta de comunicação irrita-me. A falta de sentimentos irrita-me. A dormência irrita-me. A falta de perspetiva cansa-me. A falta de entrega.
Não serem capazes de se comprometer com nada nem, principalmente, com ninguém. Não serem capazes de ver mais além. Querem e estudam para ter altas carreiras, dinheiro na carteira, para chegarem a altos patamares profissionais, para poderem dizer que têm um curso superior, mas não são capazes de aproveitar a jornada. Não são capazes de manter na vida delas as pessoas. Não são capazes de compreender que no fim de uma vida quem fica são aqueles que tivemos coração, alma e coragem para amar.
Sim, estou magoada. E sim, it sucks. E não, não tenho vergonha, não tenho qualquer problema em admiti-lo. Mais vale experienciar, sentir, pensar, viver a mágoa como para nós é possível, preferível ou até mesmo necessário e ultrapassar tudo de uma vez por todas. Deitar para trás das costas, atirar tudo para aquele precipício sem fundo.
Sim, coragem para amar. No amor, penso acredito defendo que existem compromissos que não, não precisam de ser selados com uma aliança. São selados com o bom senso. Com o caráter, com a confiança dada e também em nós depositada. Com a livre vontade de colocar um pouco de nós de lado só porque... Não somos o centro do universo. Mas porque para e por nós... O universo foi feito. Nós. Todos. Não só tu, eu, o teu ou o meu ou aquele ou o outro desejo carnal. Não só tu, eu, o teu ou o meu ou aquele ou o outro medo de sairmos magoados de uma situação.
Sem o amargo, jamais podemos conhecer o doce...
Estou a entrar num mundo que não conhecia. Jogos perigosos que não fazem correr sangue. Fazem correr dor. Fazem correr falta de amor. Estou a entrar num mundo que não conhecia, encaro os jogadores mas não os conheço. Entro no jogo mas não sei jogar. Acabo sempre por perder. Mas no fim... Acabo sempre por também sair a ganhar. Amén!

Teias de toques penetrações orgasmos e masturbações

Nojo nojento nojentos. 
O uso e abuso. 
Uso e abuso, o acabamento, o esfarelamento do corpo. 

Como farrapos que não são, mas como farrapos em que se tornam. 

Esses toques e penetrações, masturbações. Quero que se lixem. Quero que se lixem. 

Vendem o corpo a troco de nada. Aliás, nem vendem. Disponibilizam. Prazer, descrevem... Mas no fundo... Sabem lá. 

Prazer é mais do que isso que querem, do que isso que vivem. Muito mais. Bem mais. 

Falta-vos o prazer do Amor. 

Do Amor próprio, do Amor mútuo, do Amor puro. Daquele Amor que conduz a um prazer muito mais... Intenso. E verdadeiro. Sim, mesmo quando aplicado física e intimamente.

Esses orgasmos que procuram - e muitas vezes nem alcançam - com as mãos, com o toque da pele, com as palmadinhas, o entra e sai, o álcool e o suor são fracos, são efémeros e são vazios. 

Perdem-se na intimidade da noite nua e iludem-se. Esquecem-se de quem são por uma noite, por duas ou três. Iludem-se com os sorrisinhos e gemidos de quem julga estar a viver a vida "forte e feio". 

Amigos, desenganem-se. Tenho uma novidade: 
quando forem f*didos pela vida, essa f*da não vai ter contribuído em nada para a criação de uma ligação que vos impeça de estar sozinhos; quando forem f*didos pela vida ou quando sentirem que se f*deram na vida, essa f*da tão "boa e gostosa" não vos vai trazer de volta aqueles que vocês magoaram, enganaram, traíram, desvalorizaram. 

Então... Esses toques e penetrações, masturbações...
Quero que se lixem. Quero que se lixem.

Vendem o corpo a troco de nada. Aliás, nem vendem. Disponibilizam. Prazer, descrevem... Mas no fundo... Sabem lá. 

Pergunto-me: 
será que se esqueceram ou que nunca sequer viveram a experiência de, mais do que fazer sexo com alguém, fazer amor?   
será que se esqueceram do que é não se sentirem usados ou não usarem alguém?
será que não se valorizam o suficiente para não quererem alguém que vos presenteie com os restos da noite/pessoa anterior e que simplesmente e descaradamente olhe para vocês como alguém descartável, perfeitamente substituível, como... Aquela ganza que roda por todos mas que ao mínimo sinal de perigo é imediatamente jogada fora? 

E não. Não escrevo isto sequer a criticar o sexo casual em si mesmo. Não é da minha conta e está, obviamente, ao critério de cada um. Mas... Por favor... Sejam seletivos. Nem que seja... Minimamente... Seletivos. Controlem-se. Respeitem-se. Valorizem-se. 

São pessoas. Pessoas que vivem rodeadas de pessoas, entre pessoas. Algumas pensam, sentem, vivem. Esse vosso prazer instantâneo não é tudo. Principalmente quando pode afetar outras pessoas. Pessoas que se calhar até gostam de vocês. E vice-versa. 

Até porque... Amigos, tenho uma novidade: 
quando forem f*didos pela vida, essa f*da não vai ter contribuído em nada para a criação de uma ligação que vos impeça de estar sozinhos; quando forem f*didos pela vida ou quando sentirem que se f*deram na vida, essa f*da tão "boa e gostosa" não vos vai trazer de volta aqueles que vocês magoaram, enganaram, traíram, desvalorizaram.

Saiam dessa teia... Se ainda conseguirem...

Despir a roupa, qualquer um despe. Já despir a alma...

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Alguém

Barreiras oh barreiras. Todos nós as temos. Cada um à sua maneira. Protegemo-nos da dor alimentando a dormência de não sentir mais do que aquilo que podemos controlar. Temos as emoções e as sensações à flor da pele. Tanto as físicas como as que vêm de dentro. Lutamos contra o que outrora ganhou tudo de nós e nos levou a perder a confiança em algo que pode durar. 
Medimos cautelosamente tudo no que toca a possíveis ligações que perdurem mas agimos como se o que o momento nos dá nos pudesse saciar. Protegemos-nos uns aos outros enquanto nos protegemos a nós próprios. Mas... No fundo... Acabamos desprotegidos na nossa busca controlada de proteção. 

Por mais que ergamos muros, há sempre uma parte de nós, ainda que ínfima, que espera e anseia que alguém venha e seja persistente o suficiente para quebrá-los. 

Queremos alguém que nos conheça e que nos procure continuamente conhecer. 
Alguém que consiga fazer as perguntas certas no momento certo, que não tenha medo de olhar para ti como quem olha para dentro da tua alma. 
Alguém que beije  e abrace intensamente, alguém que se deixe abraçar e beijar da mesma forma.
Alguém que queira estar ali tanto como tu. 
Queremos alguém que seja capaz de nos fazer rir, sorrir, alguém que seja capaz de nos provocar e que não tenha medo de arriscar sentir por nós. 
Queremos alguém que nos faça não ter medo de sentir. Que nos faça sentir. Tanto aquela sensação inesperada cá dentro quando percebemos que somos colocados a descoberto, como aquele arrepio de quem nos sussura ao ouvido e nos beija o pescoço, nos beija atrás da orelha, de quem nos mexe no cabelo, de quem sabe como nos seduzir e fazer querer mais. 

Mais de tudo. 
Mais de si, mais de ti, mais de mim, mais de nós. 
Queremos alguém que nos faça não querer mais ninguém. Queremos ser esse alguém também. 


E sabem que mais? Não consigo deixar de acreditar que esse alguém existe. Não consigo deixar de pensar que sou capaz de ser esse alguém para outro alguém. Não consigo deixar de pensar que somos todos alguéns. Este tipo maravilhoso de alguéns

Falo por mim. E falo por quem como eu assim se sentir. Sim, yeah, até poderia ser apelidada de ingénua ou hopeless romantic. Mas não. Sou pelo Amor. Sou pela bebedeira sóbria da paixão com admiração amorosa. Que nos faz voar, nos conduz às nuvens e não vem com pára-quedas. 

Climb on board. We'll go slow and high tempo. 
Light and dark. Hold me hard and mellow.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Talvez

Passar perto o suficiente para sentir o perfume mas não saber o nome. Cruzar no mesmo sítio a cada dia mas não saber a idade. Decorar a forma do sorriso e do riso mas não conhecer as suas razões. Saber qual a comida favorita mas nada saber sobre o sabor do beijo. Querer-te-á longe. Querer-te-á longe mas perto. Perto o suficiente para a conheceres como ela te conhece, mas longe o necessário para que não a possas magoar. Ou envolver. E para que ela não te possa fazer o mesmo. Vai fugir. Vai fugir de expetativas como quem foge da cruz. Vai fugir de envolvimentos como quem sempre se deixa envolver. E se algum dia ela chegar... De mansinho... Não a deixes estar, porque vai deixar marca e muito provavelmente não vai ser capaz de ficar. Ou tu vais deixar marca e não vais ser capaz de ficar. É que,..

Talvez ela tenha nascido
para Ser

livre
um quarto desarrumado
uma pessoa apressada e atrasada
uma beleza destrambelhada
uma rajada de vento sem direção certa
uma onda do mar que soa a paz, mas rebenta com fugacidade: alisa a areia mas leva parte dela consigo: vem até terra mas ama o mar, aquela imensidão sem fim à vista, sem obstáculos pelo meio mas cheia de vida

Talvez ela seja

aquela viagem noturna de carro pela Europa em que só se veem planaltos e um imenso céu escuro cheio de estrelas sem luzes artificiais que as ofusquem

- ou talvez - ela seja - 

aquele céu escuro com pequenas grandes fontes de luz que emanam esperança e a alimentam de amor.

E... Sim.
No fundo, talvez ela seja apenas isso...

Amor. 

Amor que não vem, amor que não chega, amor que vem, amor que vai mas partilha, amor. Amor que dói, amor que fortalece, amor que se fecha, amor que se revela, amor que acredita, amor que vive...
Amor.

Talvez seja só disso que ela precisa...

Amor.

Mas se algum dia ela chegar... De mansinho... Certifica-te bem do que queres... Ou não a deixes estar. Porque vai deixar marca e muito provavelmente não vai ser capaz de ficar. Ou tu vais deixar marca e não vais ser capaz de ficar.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Pain demands to be felt

Pain demands to be felt.
Um dia perguntaram-me porque é que todas as minhas canções foram criadas quando estava magoada. Eu respondi que não sabia mas que provavelmente seria porque podia usar toda a minha dor, tudo o que me magoava e transformá-lo em algo bonito. E sim. Muito provavelmente essa é em grande parte a razão pela qual crio seja o que for quando me dói cá dentro. Porque a dor exige ser sentida. E eu exijo senti-la. Aliás, eu preciso senti-la. Preciso exteriorizá-la intensamente e com todas as minhas forças. Eu não romantizo a violência nem a dor (já me basta romantizar a minha vida), mas procuro fazer dela alguma forma de beleza que me acalme a alma. Prefiro resolver-me assim. Associar uma peça de mim mais... bela... A cada parte do quebra-cabeças que é a minha vida.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Beijar beijar-te beijarmo-nos beijares-me

Beijar beijar-te beijarmo-nos beijares-me
As nossas mãos e braços a agarrarem-nos um ao outro numa sintonia dissimulada
Beijar beijar-te beijarmo-nos beijares-me
O ritmo a estabelecer-se à medida que nos deixamos levar
Beijar beijar-te 
beijarmo-nos 
beijares-me
O cenário a transformar-se 
O teu cheiro a entranhar-se em mim
E eu a entranhar-me, a perder-me em ti
Tu apanhado de surpresa, a deixar de tentar perceber o que se passa 
(mal esperavas tu que isso acontecesse)
Beijar beijar-te 
beijarmo-nos 
beijares-me
beijares-me outra vez
Agarrares-me mais forte, envolveres-me no abraço que eu nunca fui capaz de te pedir
(como tantas vezes quis)
Beijarmo-nos
Encontrarmo-nos enfim em algum ponto da nossa existência - naquele ponto da nossa existência - no início, naquele início que os meus sonhos prenunciavam
(como poderiam enganar-se?)
Beijar beijar-te beijarmo-nos beijares-me

Ela abre os olhos. 

Beijar. Beijar era uma arte. Beijar era uma perfeita sincronia não só dos lábios, das línguas, mas também dos corações. Beijar era algo que tinha de vir da alma para significar alguma coisa. Beijar... Era tão mais do que beijar. E, por isso, para ela, beijar alguém que não fosse ele já não significava nada. Porque não acontecia com a pessoa certa. No fundo... Ela daria tanto para sentir algo outra vez, para acreditar novamente. Para beijá-lo e sentir o não sei quê de quem beija pela primeira vez alguém que já os seus olhos e sentimentos beijaram. 
E tanto e tão pouco a separavam disso. Afinal de contas, ele estava  mesmo ali. Mesmo... Ali. 

Ela fecha os olhos.

Beijar beijar-te beijarmo-nos beijares-me
As nossas mãos e braços a agarrarem-nos um ao outro numa sintonia dissimulada
Beijar beijar-te beijarmo-nos beijares-me
O ritmo a estabelecer-se à medida que nos deixamos levar...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

As pessoas

São as pessoas. No fundo, são as pessoas. São as pessoas da tua vida que te inspiram. Que mais te incentivam a continuar. Sozinho/a, seria impossível. São elas que te fazem sentir algo que vem do fundo da alma, sorrir mais genuinamente, rir mais alto, prosseguir com mais firmeza. No fundo... São essas mesmas pessoas que fazem tudo valer a pena. E que fazem com que cada dificuldade seja apenas mais um degrau, mais um passo a dar na estrada. São elas que enriquecem as nossas memórias, que afagam as nossas saudades, que acompanham o crescer e desenvolver do nosso amor. Por elas, por nós, por tudo. São elas que aumentam a nossa capacidade de acreditar. De lutar. De sonhar e de realizar. São as pessoas da nossa vida que nos inspiram. Que mais nos incentivam a continuar. Sozinho/a, seria impossível. Há uma ligação. Há uma ligação que, uma vez criada, jamais é quebrada. As pessoas da nossa vida tornam-se parte da nossa história. De quem nós somos. Do que vivemos. Eternamente. Eu gosto das minhas escolhas. Espero que elas gostem das suas. Espero que gostes das tuas. Porque, no fundo... São e serão sempre as pessoas. São as pessoas da tua vida que te inspiram. São as pessoas da minha vida que me incentivam a continuar. Que fazem dela o meu livro favorito. Que fazem de mim a personagem que eu jamais imaginaria ser.  São elas. As pessoas... 


domingo, 24 de janeiro de 2016

Subo

Subo ao palco. O foco de luz sobre mim. Ao meu redor, tudo está escuro. Silêncio total. Por momentos, parece que estou sozinha naquele salão enorme, mas não estou. Consigo sentir a energia e a tensão humana de quem sabe para o que veio. De quem trouxe consigo toda a bagagem. As memórias, as sensações, os medos, as vitórias, as alegrias, as guerras e batalhas, os pedaços de si, os pedaços de outros. O amor. O ódio. De quem trouxe consigo quem é, quem não é, quem gostaria de ser, quem gostaria de não ser... A tensão humana de quem trouxe... Tudo. De quem está ali, mais do que para me ouvir, ouvir-se a si mesmo. Fecho os olhos e respiro bem fundo. Permito que fervilhem dentro de mim todas as razões de ser quem sou. Todas as razões que conheço e as que desconheço. Deixo que fervilhem dentro de mim como se nunca se escondessem, como se nunca se desvanecessem no dia a dia que a todos nos adormece. Passo a mão pelo tripé, agarro o microfone...

sábado, 23 de janeiro de 2016

Estes pedaços de mim

Esta bolsa de água quente aquece-me mais o coração do que alguma vez foste capaz - ou sequer quiseste - fazer. Esta bolsa de água quente faz-me dormir melhor, pacifica-me, neutraliza-me, aconchega-me. Com o candeeiro aqui ao lado a iluminar gradualmente o meu espaço e uma música de fundo, sinto-me mais eu. 
Mas sabes? Dou por mim a pensar que o meu quarto está mais arrumado do que a minha mente alguma vez esteve e esse é o real, o verdadeiro problema. Sou eu. Sou eu que teimo em colocar-te num pedestal que não te pertence. Sou eu que teimo em preencher esta falta de amor próprio com um amor por um outro alguém. Sou eu que tenho de me resolver. Sou eu que tenho de resolver esta série de... Pedaços de mim com nomes, caras, memórias, emoções, sensações, impressões e histórias. Sou eu que tenho de me organizar. 
Foste a minha réstia de esperança. E ainda o és. Seria estúpido que deixasse de "gostar de ti" só porque não retribuis. E sim, mais estúpido talvez seja ainda continuar a fazê-lo. Mas...
O amor é bem capaz de ser a sensação de que podemos cair e nem isso nos fazer parar.(*)
E... Confesso-te aqui, preto no branco... Nisso eu sou boa. 
Ia pedir-te para não contares a mais ninguém.

Mas deixa lá.
É mais do que óbvio que foi isso que me trouxe até aqui.
O amor.

É sempre o amor.

Ah! E "gostar de ti" nunca será apenas um "gostar de ti".

(*Citação de Pedro Chagas Freitas 'in' Queres Casar Comigo Todos os Dias, Bárbara?)


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Até à exaustão e mais além (o amor se vive)

Are we ever gonna be better than this? (Max Joseph, We Are Your Friends)

Não quero falar do amor. Estou farta do amor. O amor consumiu-me até à espinha, endureceu-me o coração. E não, não foi a falta dele que me trouxe até aqui. A este ponto. Foi ele, ele mesmo. O amor, O amor ciumento, o amor magoado, o amor ignorado, o amor trocado, o amor abandonado, o amor não correspondido. Sim, deixo-me sofrer por amor. O amor consome-me menos agora do que já consumiu mas a verdade é que isso só acontece assim, porque não há nada mais para consumir em mim. Parabéns, amor. Conseguiste penetrar-te em mim até me fazeres acreditar que valia a pena lutar por ti, sofrer por ti, viver por ti. Mesmo quando do outro lado a reciprocidade era escassa. Mais do que escassa. Uma e outra vez. Parabéns, amor. Consegues tanto mais do que queria ceder-te neste momento que mesmo não te querendo mais, escrevo sobre ti. Seremos alguma vez melhores do que isto? Serei alguma vez melhor do que isto? Uma romântica incurável que finge vitórias que acumulam derrotas. Acumulam acumulam acumulam. Parabéns, amor. Consegues cansar-me, fazer-me querer não amar mais, ficar dormente por uns tempos, com sentimentos mortos e acabados, dormente como quem se deixa flutuar no mar, sente o vento forte no cimo da montanha, pára sob a chuva forte e pesada que se entranha até aos ossos. Consegues fazer-me desejar não querer nada e ao  mesmo tempo continuar a querer tanto. A querer tudo. Tudo a que tenho direito.

And if you're still bleeding, you're the lucky ones
'Cause most of our feelings, they are dead and they are gone

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Música. Família. Amor. Amizade. Escrita. A procura por mim mesma. Vida. E é a isto que se resume. Sintam-se à vontade por aqui and enjoy.

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