sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Abraçar-te

Abraçar-te é abraçar um passado de mil memórias. Bom, mil e mais algumas. Abraçar-te é nunca ter deixado de te abraçar. É sentir a mesma segurança, o mesmo cheiro, o mesmo carinho. E agora, uma certa nostalgia, até. Certa, sem dúvida. Abraçar-te é custar deixar-te, deixar de revirver-te, de reviver-me e de reviver-te mais um pouco. Abraçar-te... É saber que acabou mas permaneceu. Saber que o tempo cura tudo e cura bem, porque estou curada... Mas não leva o que é bom. Tão bom. 
Abraçar-te é saber que também me revives. E que me revives tão bem! É saber que me tens no coração tanto como te tenho no meu. Abraçar-te é não conseguir prometer que te deixarei ir. Porque estarás sempre presente. Leve-nos a vida para onde nos levar. Estarás sempre aqui. E eu estarei sempre aqui para ti. Aqui.

sábado, 5 de setembro de 2015

Quero gritar-te

1. Quero estar sozinha não o querendo estar. Quero perder-me em ti sem não me querer encontrar. Quero controlar a minha ira sem ter de me rebaixar. Quero. Quero algo que não sabe o que quer. 

2. Quero gritar-te que sei que te magoaste e, na dor, me colocaste de lado. Quero gritar-te que não confiaste em mim. Mas... Teria eu esse direito sabendo que muito provavelmente eu própria não seria capaz de confiar em ti se me magoasse da mesma forma? Quero gritar-te que me magoaste ao te deixares magoar. Que sofri contigo, que chorei contigo, que te amei a fundo. Mesmo sem saberes! E sem nunca vires a saber. 

3. Quero gritar-te. Quero gritar o teu nome. Quero gritar a minha frustração por me sentir frustrada! Não confiaste em mim! Não confiaste em mim e já não me interessa se também eu não confiaria em ti, porque tu és tu e eu sou eu e não somos a mesma pessoa! Nunca o fomos! Em momento algum. Quero gritar-te que me mentiste e mentes continuamente ao me omitires a dor que sentiste ou sentes, quero gritar-te que me estás a enganar ao fingires que está tudo bem! Quando não está! Não está. Porque não poderia estar. Não depois de todo o muito tempo que ainda não passou... 

4. Quero abrir-me contigo como nunca te abriste comigo quando mais pensei que o farias. E gostaria de poder fazê-lo. Mas não posso. E vou carregar isto comigo para sempre. Vou carregar comigo para sempre aquilo que para sempre também vais carregar. De maneira diferente. Mas vou. Porque ao amar-te, decidi que o faria. Decidi que te viveria. Que viveria contigo. Mesmo quando não o quisesses. 

5. E desculpa. Desculpa que entenda e não entenda. Desculpa que me magoe. Desculpa que me faça confusão. Desculpa. Mas quem sabe, sofre. E eu sei. Mesmo que não saibas que eu o sei. Eu sei. 

1. Quero estar sozinha não o querendo estar. Quero perder-me em ti sem não me querer encontrar. Quero controlar a minha ira sem ter de me rebaixar. Quero. Quero algo que não sabe o que quer. 


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