Volto do supermercado. Durante a viagem, aprecio a paisagem. Não olho, aprecio. E descubro que cada segundo, algo é diferente. O pássaro pousou no fio. Voltou a voar. Puff, foi atropelado. Aquilo dói-me. As pessoas são demasiado cruéis e demasiado bem tratadas pelo simples facto de acharem ser o elo mais forte. Os animais defendem-se quando pensam estar perante o perigo. As pessoas atacam quando detêm o poder. Sem qualquer outra razão.
O que sou eu, realmente? O que faço aqui? O que somos nós, humanos, além de um monte de pele, ossos, músculos, e neurónios? Conseguirei algum dia encontrar alguém como eu? Será que o amor muda mesmo as pessoas? Para melhor? Ou para pior? Demasiadas perguntas. Porque falei eu em amor, de um momento para o outro, de qualquer das formas? Esta era a altura em que esbarrava contra alguém na rua e encontrava o amor verdadeiro, certo? Rio-me. Demasiado conto de fadas. Nada disso vai acontecer na minha vida e, provavelmente, em nenhuma das vossas. Sou estranho, é difícil compreender-me. Um minuto, mil pensamentos diferentes. Cheguei.
(excerto de algo que tenho andado a escrever.) Boa noite!
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