Pássaros. Que bom será voar. Todos nós gostaríamos de voar. Mas enquanto pensamos em como seria fazê-lo, esquecemo-nos das asas que já nasceram connosco. Muitas vezes isso aconteceu comigo. Ainda hoje acontece: o querer voar. Agarramo-nos ao que nos prende. Perdemo-nos no clima inconstante que nos envolve. Fugimos de quem somos quando o que queremos… É encontrar o que sempre fez parte de nós.
Somos o ser mais incrível que existe. Cada fibra, cada movimento, cada pensamento se interliga com uma precisão e cumplicidade inimaginável. Até mesmo quem, fisicamente é marcado por uma diferença que parece limitá-lo, tem dentro de si um mundo que ninguém conhece. O seu corpo vive, luta continuamente para manter o coração a bater. É possível reconhecer a nobreza dessa força?
Todos precisamos do nosso tempo. Das nossas luzes de presença, dos nossos fantasmas. Do que nos leva a viver e do que nos obriga a fazê-lo. Todos precisamos de fortalecer as nossas asas, de aprender a voar. Todos precisamos de “porquês?”, de dilemas com resposta, de dilemas por responder. O que será do Homem quando souber tudo? O que seria do Homem se, ao nascer, soubesse que não iria morrer?
Quando compreender todas as coisas, não precisarei de estar aqui. Porque este é o momento da descoberta. All of it. E eu quero continuar a descobrir. Porque, enquanto abraçar o desconhecido, terei a certeza de vou sentir. E isso… É o que me ensina a voar pelas minhas próprias asas e encontrar o meu verdadeiro rumo. Sem me alimentar de fotocópias. E a ti? O que te ensina? O que te alimenta?
Onde é que as tuas asas te vão levar?
Todos nós precisamos de uma fase de mudança.
Pássaros.
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