Disseram-me que o sentimento de impotência é o pior que um ser humano pode sentir. Eu concordo.
Agora sei que pior do que nos sentirmos mal por alguma razão, é sentirmo-nos mal sem saber o porquê. É sentir e sentir e sentir sem compreender, querer fugir sem planear, chorar sem pensar e chorar por pensar. É precisar de chorar e não chorar, é um querer e não querer em constante mudança. Não há uma forma de nos ajudarmos a nós próprios e não conseguimos que os outros nos ajudem. É apenas um "não sei", um "estou viva", um "sim e não", um "viver sem viver". Sinto, penso, penso e sinto. E no meio, não há nada. Nada para escrever, nada para refletir, nada para criticar, nada para analisar. Há apenas um "vou deixar que a vida me leve". E odeio isso, pois apesar de ser uma frase muito poética, tira-me o poder. Tira-me o poder de escolher, o poder de mudar, o poder de resistir, o poder de enfrentar. Custa-me escrever que me tira o poder de lutar, é estúpido. Eu não vou parar de lutar. Não posso, nem quero. E talvez nem consiga fazê-lo. É como um acordar e pensar "não me vou levantar, vou dormir, vou faltar às aulas" e levantar-me automaticamente alguns minutos depois. Há um interruptor qualquer que me mantém ligada, mesmo sentindo que estou em stand by. Por vezes não percebo o porquê, nem como. Mas sei que existe. E não desiste.
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