A ouvir: Swim
Deep, She Changes The Weather
O hábito faz esquecer. É por isso que é
tão perigoso. Não o é apenas pelo tédio da nossa rotina ou pelo facto de nos
diminuir, afastando de nós novas experiências e oportunidades. Todos nós somos memória., já
escreveu Daniel Oliveira. O presente é construído consoante as memórias que
temos do passado e o que sentimos em relação a elas. O futuro depende das
nossas ações no presente. Passado, presente, futuro. Juntos, são toda uma vida.
E, felizmente ou infelizmente, essa, só temos uma.
Então, se todos nós somos memória,
esquecer é um dos nossos maiores inimigos e o hábito o seu fiel cúmplice
destruidor: se não nos habituássemos a utilizar tantas siglas, por exemplo,
talvez nos lembrássemos ou conhecêssemos mais frequentemente os seus
significados e percebêssemos que tudo pode ter uma razão de ser mais especial
do que parece: S.O.S é mais do que um
pedido de ajuda. S.O.S significa Save Our Souls (Salvem as Nossas Almas).
S.O.S é, para mim, um pedido de ajuda
que deveríamos fazer tantas vezes, principalmente a nós próprios, até mesmo em
silêncio. S.O.S. S.O.S. Vou,
definitivamente, passar a usar isto mais vezes. Ups! Save Our Souls. Save Our Souls. Agora, sim. Agora, não esquecerei que sou
uma alma que precisa de ser salva. Agora, lembrar-me-ei que tenho valor.
Lembrar-me-ei que o hábito faz esquecer e que o esquecimento destrói, porque
todos nós somos memória. Até mesmo aquela que se esconde nos recônditos do que
vivemos.
[ - S.O.S! - gritou.
Já tinha ouvido aquela sigla muitas vezes,
antes de pensar no que quereria dizer mas,
naquele dia, o meu coração disparou.
Save Our Souls, pensei. Save Our Souls.
E corri para quem gritava. ]
E corri para quem gritava. ]
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