De todas as fraquezas do mundo, nunca pensei que esta seria a minha. Tenho a força de todos os dias abrir os olhos e sobreviver ao obrigatório mas fujo de tudo o resto que poderia dar sabor à vida. Porque à vida não lhe reconheço o sabor. Não sei qual é. Não sei qual é o meu sabor. Mas sei que de todas as fraquezas do mundo, nunca pensei que esta seria a minha. Sei que tenho a força de todos os dias abrir os olhos e sobreviver ao obrigatório. Tenho instinto. Mas já não tenho o querer. Falta-me o querer. Quero o que tem de ser, porque mais não sei como fazer.
Para sentir, agarro-me ao que conheço. Ao que o passado me ensinou pela experiência. Muitas vezes preferia não sentir, não existir, nem que por um bocadinho. Mas não é assim que funciona a minha cabeça.