Em cada rua existe uma história de amor. Ao virar da esquina, na viagem de autocarro. A partir do momento em que bate um coração, bate pela vida, bate pela dor. Bate pelo sentimento à primeira vista, pelo sentimento crescente que salva uma vida ou assola memórias. Noites mal dormidas, mini ataques cardíacos em que tudo conduz ao ser que te rouba a alma e devora a lucidez que decide o teu destino.
Agora pergunto-me: será isso mau? Talvez as pessoas precisem mesmo de menos lucidez, de demência que declare o que é realmente importante na vida. Talvez (mas só talvez), seja preciso um ser que nos leve a decidir não esperar o destino, mas a ser o destino.